Este ano finalmente surgiu a oportunidade e as monumentais quedas de água, que estão classificadas como uma das sete maravilhas do mundo natural pela UNESCO, revelaram ser tudo quanto eu tinha imaginado e muito mais!
Conhecidas localmente como Mosi-oa-Tunya, que significa “o fumo que troveja” — devido ao barulho avassalador das águas e às nuvens ondulantes de névoa que se levantam e encharcam tudo e todos ao seu alcance — as Cataratas de Victoria são realmente uma visão de tirar o fôlego.
O rugido incrivelmente alto do rio Zambeze, a correr sobre as falésias impressiona e faz-nos ganhar um novo respeito pela Mãe Natureza.
As Cataratas ficam na fronteira entre o Zimbabué e a Zâmbia, por isso, num único dia, podemos ver dois países .
Do Zimbabué, o caminho mais rápido e mais comum para as Cataratas é voar a partir de Joanesburgo, na África do Sul, para o aeroporto de Victoria Falls, no Zimbabué. O voo leva cerca de duas horas.
Da Zâmbia, o principal ponto de entrada para as quedas de água é Livingstone Town. Podemos voar da capital da Zâmbia, Lusaka, ou Joanesburgo para o Aeroporto de Livingstone, também conhecido como Aeroporto Internacional Harry Mwanga Nkumbula. Eu escolhi esta segunda opção.
Queria ver as quedas de água de todos os ângulos e consegui! Vi do ar (num voo de helicóptero), de terra e de dentro... Sim, leram bem, de dentro das cataratas!
Há muitas experiências, cheias de adrenalina, que podemos viver nas Cataratas de Victoria, na ponte Livingstone ou no desfiladeiro abaixo das quedas de água. As mais populares são o bungee jumping, a tirolesa e o rafting.
Aqueles que procuram uma opção mais tranquila podem ainda escolher fazer um passeio de barco pelo rio Zambeze ou um safari no Parque Nacional do Zambeze, no Zimbabué, ou no Parque Mosi-oa-Tunya, na Zâmbia.
Mas a experiência mais surreal de todas, aquela que só aqui é possível realizar, chama-se Devil’s Pool ou “a Piscina do Diabo”.
A Devil’s Pool é a mais incrível piscina infinita do mundo e ficar "pendurada" na sua beira foi uma das experiências mais emocionantes e incríveis que já vivi!
Parece completamente louco mas não é tanto assim. Na verdade, na “Piscina do Diabo” existe uma borda de rocha forte e resistente que se projeta para cima, evitando que as pessoas caiam para fora. O nível de água também é mais baixo neste local, o que cria o tal efeito de piscina natural (em algumas alturas do ano, quando começam as chuvas, o nível de água sobe tanto que não é possível vir até aqui).
Apesar de ser incrível estar ali na borda, o mais assustador não é a piscina em si, mas sim chegar até lá. Não sou grande nadadora, e costumo entrar em pânico assim que perco o pé, por isso, chegar até à Devil’s Pool foi uma grande aventura que (confesso) podia ter corrido mal.
O percurso até à Piscina do Diabo é feita, uma parte de barco e uma parte a nado. Não é muito tempo que temos que nadar e quem não é bom nadador (e segundo me disseram, até quem não saiba nadar) pode ir mais junto às rochas, onde as águas são mais rasas e há umas cordas de apoio para ajudar. Mas o problema é que na altura em que fui, o nível das águas já estava bem alto e eu sendo baixinha facilmente perdia o pé e depois ainda tinha a corrente que puxava… Se não fosse o guia e o meu namorado a ajudarem-me, era uma vez uma travellight… Tinha me ficado por lá e não estava agora a escrever este post...
E depois de chegar à Piscina do Diabo, ainda tive de voltar pelo mesmo caminho.
Por isso não aconselho, mesmo nada, esta experiência a quem não sabe nadar ou a quem é um fraco nadador como eu.
Mas pronto... eu fui louca o suficiente para ir (também porque os guias me asseguraram que era perfeitamente seguro, e que nunca ninguém morreu ali…) e agora tenho uma boa história para contar.
Se tiverem curiosidade, espreitem o meu Instagram e abram o destaque "Victoria Falls" nas Instastories, há lá pequenos filmes das Cataratas Victoria e da Devil’s Pool
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