Bolonha pode não ter tantos monumentos como Roma ou não ser tão fotogénica como Veneza mas não é tão turística, nem enche ao ponto de não conseguirmos dar dois passos sem tropeçar em alguém - o facto de ter ido no Inverno também pode ter contribuído para isso.
É realmente uma linda cidade onde podemos vivenciar, com a devida calma, la dolce vita italiana.
Bolonha não é muito grande. Por isso, é possível ver todas as atrações a pé. Não faltam igrejas e museus para visitar e boa arquitetura para apreciar. Quando os pés começam a queixar-se, é só parar num dos muitos restaurantes e saborear uma bela lasanha acompanhada de um belo copo de vinho tinto ou sentar numa agradável esplanada e pedir um capuccino.
A seguir, deixo seis destaques da cidade:
1. Piazza Maggiore ou Piazza Grande
Esta praça é o coração de Bolonha e o centro da vida religiosa e civil desta cidade. É famosa pela Fontana di Netuno (que actualmente está tapada porque a estão a restaurar) e pelos antigos edifícios medievais: o Palazzo Comunale, o Palazzo dei Bianchi, a enorme Basílica de San Petronio e, em frente à basílica, o Palazzo del Podestà.
2. Basílica di San Petronio
É a igreja mais importante de Bolonha e é considerada a quinta maior igreja do mundo. A sua construção começou em 1390 e continuou por séculos.
3. Torres de Bolonha
As duas torres mais importantes são a Torre Asinelli e a Garisenda. Estas torres são um dos símbolos de Bolonha, tinham uma função militar e civil e deram prestígio às famílias que pagaram pela sua construção.
Podemos subir ao cimo da Torre Asinelli, se estivermos dispostos a percorrer 498 escadas de madeira para chegar ao topo. Os corajosos podem desfrutar de uma bela vista dos telhados de Bolonha. Dizem que quando o tempo está bom é possível ver o mar e os Alpes (eu não vi...).
A Torre Garisenda é menos alta e não pode ser visitada.
4. Pinacoteca Nazionale em Bolonha
Este museu possui uma das coleções de arte mais importantes de Itália. Aqui podemos ver obras de artistas como Raffaello, Carracci, Reni, Perugino, Parmigianino, Tintoretto, Vasari, Guercino e outros.
5. Igreja de Santa Maria della Vita
Esta pequena igreja vale a pena visitar para ver a obra “Luto sobre o Cristo morto", de Niccolò dell'Arca, considerada uma das obras-primas da escultura italiana. A dor expressa pelos rostos das estátuas levou Gabriele D'Annunzio a definir a obra como um "grito da pedra".
6. Comer!
Uma das melhores coisas de Bolonha é a comida. Por todo o lado encontramos lojinhas gourmet que vendem todo o tipo de delícias que nos fazem tão mal mas sabem tão bem!
A fama gastronómica desta cidade remonta à Idade Média. A cozinha bolonhesa é variada e abundante. Além do famoso tortellinni, ainda feito à mão por fabricantes de massas e servido em caldo, massas variadas e carne de porco são os personagens que se destacam. Alguns pratos típicos da região são criados graças às muitas combinações destes dois elementos.
Entre estes pratos típicos, encontram-se o famoso molho "à bolonhesa", preparado com carne de porco misturada com vitela e carne de bovino e servido depois sobre o esparguete; o tagliatelle, preparado com farinha e ovos; a lasanha, com camadas alternadas de molho de carne, molho bechamel e queijo parmesão e ainda a costeleta bolognese, coberta com queijo e uma fatia de presunto.
Entre as sobremesas, está o famoso bolo Certosino - um bolo feito com mel, amêndoas, frutas cristalizadas, pinhões, manteiga, passas, canela e chocolate preto.
Informações sobre a viagem
Bolonha é um destino em conta. O voo ida e volta pela Ryanair ficou por 44,00 € (marquei com alguma antecedência). O aeroporto tem um autocarro (Aerobus) que vai até ao centro da cidade e custa 6,00€ e há vários hotéis bons e baratos onde ficar.
Quanto à alimentação, há muita escolha e é fácil comer bem sem gastar muito. Depois, ainda há a hora do aperitivo (geralmente das 19:00 às 21:00), onde em alguns estabelecimentos, se pedirmos uma bebida, oferecem-nos um petisco para acompanhar.
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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
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