1. A Duomo
A Catedral de Santa Maria del Fiore, também conhecida como a Duomo de Florença, é uma das obras arquitetónicas mais impressionantes e belas do mundo. Não é um exagero descrevê-la assim e quem já a viu ao vivo e a cores reconhece que a grandiosidade da Duomo fica muito além das fotografias que lhe representam. Ao mesmo tempo, a decoração exterior em mármore branco, rosa e verde confere-lhe uma leveza e uma suavidade que contrastam com o tamanho da estrutura – é a quinta maior catedral da Europa.
Outro elemento a reter desta obra que demorou seis séculos a ficar pronta é a cúpula do arquiteto Filippo Brunelleschi. As técnicas da sua construção permanecem em segredo e muitos estudiosos tentam perceber como é que a cúpula foi erguida sem recurso a andaimes. É, ainda hoje, a maior cúpula de alvenaria do mundo e foi inspirada no Panteão de Roma.
2. Andar a pé
O centro histórico de Florença é, relativamente, pequeno e, por isso, vai poder descobri-lo a pé, sem preocupações em andar de transportes públicos. E mais, vai poder andar a pé tranquilamente e quem já esteve em Roma vai, com certeza, agradecer por poder andar por várias ruas do centro de Florença sem a preocupação de ser atropelado por carros e motos, que na capital italiana circulam por todo o lado e com pouco respeito pelos peões. Em Florença, a área entre a Duomo, a Ponte Vecchio e a igreja Santa Croce é pedonal, por isso, já sabe: esta é uma cidade para ser descoberta ao ritmo dos passos.
3. Luxo nas ruas
Nada como andar a pé para captar a essência de Florença. Cidade de famílias nobres, governada pelos Médici do século XV até ao século XVIII, e de papas, Florença não esconde o luxo e a sofisticação, presentes nas fachadas dos edifícios e nas muitas lojas que ocupam o centro histórico. Um destino a levar em conta para os que não dispensam fazer compras durante uma viagem.
4. Arte em todo o lado
A riqueza e a arte andam de mãos dadas, uma vez que para o desenvolvimento artístico estão por trás, na maioria dos casos, mecenas que suportam o trabalho de grandes artistas. Assim aconteceu em Florença que acabou ser considerada o berço do Renascimento, período que representou uma ruptura com os valores da Idade Média, revolucionando a arte, a filosofia, a religião e a forma como o homem olhava para o mundo e para si mesmo. Deste período áureo da História permanecem em Florença obras de grandes artistas, como Botticelli, Donatello, Brunelleschi, Leonardo Da Vinci, Michelangelo, entre outros.
É na Galeria Uffizi e na Galeria da Academia que vai encontrar um espólio riquíssimo, incluindo o David de Michelangelo, mas para entrar nestes dois museus terá de pagar bilhete e enfrentar filas. A grande vantagem é que para apreciar arte não é preciso cruzar a porta destes espaços, embora estes sejam imprescindíveis para os amantes da arte, ela está espalhada pela cidade, nas praças e edifícios. Florença é mesmo uma cidade-museu, ideal para ser descoberta com calma e sem grandes planos. Para os que adoram literatura, não esquecer que Florença é a cidade do célebre escritor Dante Alighieri, autor da “Divina Comédia”.
5. Romantismo
Este ponto diz respeito a uma opinião mais pessoal, aquela que é construída pelo próprio viajante e pelas impressões que retira dos locais que visita. A verdade é que quando estive em Florença senti um ambiente de romantismo no ar, que culmina com o pôr-do-sol visto do alto da Piazzale Michelangelo ou de uma das várias pontes que cruzam o rio Arno. Uma das cidades mais românticas de sempre, mas isso não se explica, sente-se.
6. Pontes
Por falar em pontes, são muitas em Florença, dando aquele charme especial à cidade. São nove as travessias pelo rio Arno, sendo que a distância entre elas não é assim tão grande. Cada ponte de Florença esconde uma história, mas a mais famosa é a Ponte Vecchio (Ponte Velha). Acredita-se que foi construída durante a Roma Antiga, originalmente em madeira. A estrutura de três arcos, que se mantém, veio do século XIV e, desde então, a ponte ficou famosa por ser um espaço comercial, uma vez que sempre albergou lojas e mercadores que ali faziam e fazem negócio. Até 1593, todos os tipos de produtos eram ali vendidos, mas a partir desta data um duque dos Médici ordenou que na Ponte Vecchio só poderiam estar presentes ourives e joalheiros. Até hoje é assim e atravessar esta ponte é captar no olhar o brilho das joias expostas nas suas montras.
7. Porta de entrada para a Toscana
Florença é a maior cidade e a capital da região da Toscana, uma das mais belas de Itália, caracterizada pelas suas paisagens bucólicas e por vilas imaculadamente preservadas, que parecem ter parado no tempo. Os vinhos e a gastronomia também são cartões de visita da Toscana. Por isso mesmo se quer conhecer esta região italiana, Florença pode ser uma ótima porta de entrada e até uma boa base para explorar outros locais, como Lucca, Sienna ou Pisa.
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