Dados do Instituto Nacional de Estatísticos (INE) divulgados hoje indicam que o número de hóspedes e dormidas na hotelaria acelerou o crescimento em 2019, com os turistas a aumentarem 7,3% e as dormidas 4,1%, referindo que a região Norte foi a que mais se destacou a nível nacional com aumento de 9,7%.

Em declarações à Lusa, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, congratulou-se com o aumento das dormidas em 2019, especialmente por ser uma altura em que se assinala o “primeiro ano de mandato à frente TPNP”, mas destacou também o facto de o mercado britânico ter crescido 19,2%.

“É muito interessante verificar que em 2019 o mercado britânico continuou a crescer 8,4% no país, mas no Norte cresceu 19,2%”, declarou, referindo que, apesar do mercado britânico não ser no passado um dos mercados do ‘top five’ do Porto e Norte, está a assumir-se cada vez mais, nomeadamente numa altura em que tanto falamos de ‘Brexit’.

O presidente da TPNP assinalou também o aumento de 12,6% no mês de dezembro em relação ao período homólogo de 2018, referindo que também se verificou um “crescimento” em mercados como o “Brasil, EUA, Canadá e Irlanda”.

Luís Pedro Martins classifica ainda de “excelente” o aumento nos proveitos que a região teve em 2019, que se cifrou na ordem dos “600 milhões de euros”. Em 2018 registou-se um valor de 500 milhões de euros de proveitos.

A estada média no Porto e Norte também aumentou e essa é uma notícia que Luís Pedro Martins também destacou.

“Julgo que também é interessante, numa altura em que a estada média registou valores nacionais até negativos, dizer que o Norte teve uma pequena subida. É tímida ainda, é certo, mas vai no sentido daquilo que nós traçámos como objetivo que é tentar chegar e passar as duas noites, uma vez que o Porto e Norte estava a cerca de 1.8 de noites em média. Tivemos aqui um ligeiro aumento”.

Segundo o INE, a sazonalidade a nível nacional “baixou ligeiramente” em 2019, embora, como habitualmente, os meses de verão (julho a setembro) tenham sido os que registaram maior número de dormidas (36,3% das dormidas totais, após 36,7% em 2018), tendo concentrado 38,6% das dormidas de residentes (39,5% em 2018) e 35,3% das dormidas de não residentes (35,5% no ano anterior).

Em dezembro, os proveitos totais cresceram 9,6% (10,3% em novembro) e atingiram os 205,8 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento subiram 9,9% (+9,5% em novembro), correspondendo a 141,1 milhões de euros.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou 5,0% para 27,9 euros (+3,0% no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 73,3 euros, aumentando 1,6% (+0,9% no mês anterior).

A estada média (2,23 noites) reduziu-se em 1,8% (-0,4% nos residentes e -4,5% nos não residentes) e a taxa líquida de ocupação-cama (31,2%) aumentou 0,9 pontos percentuais em dezembro (+0,2 pontos percentuais no mês anterior).