A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal em parceria com outras entidades do concelho e quer assim divulgar os hábitos e costumes dos inícios do século XX, quando ir à praia implicava ainda muita roupa e era uma atividade motivada sobretudo por questões de saúde que teriam a beneficiar com as águas frias e iodadas do oceano.
"'Vir a Banhos' recorda a época áurea de Espinho, quando ‘vilões e fidalgos' faziam praia mediante prescrição médica", revela fonte da organização. "Reviver o passado do ‘Vir a Banhos' é viajar no tempo, evocando o quotidiano das gentes que anualmente procuravam as águas terapêuticas de Espinho", acrescenta.
Na recriação estão envolvidas mais de 100 pessoas que, para o efeito, vão adotar um guarda-roupa em que as opções representam a indumentária e os acessórios típicos das figuras mais representativas das praias do início do século passado: homens de fato caveado às riscas, mulheres com camisas largas e toucas no cabelo, vendedores ambulantes com cestos ao colo, fotógrafos com câmaras de fole "à la minute" e marionetistas de teatro de robertos.
O objetivo é dar a conhecer, por um lado, tempos de mais pudor e, por outro, uma época em que Espinho se distinguia enquanto estância balnear "cheia de ‘glamour’".
Todos os figurantes estarão a ocupar uma área restrita da praia, no exercício das atividades que seriam normais nos banhistas na viragem do século XIX para o XX, mas na envolvente haverá outra iniciativa relacionada com a recriação, na noite da véspera: trata-se do "Passeio da Burguesia", que, no sábado, pelas 21:20, desfilará pela esplanada da Praia da Baía em direção à Piscina Solário Atlântico.
Esse espaço comemora em 2018 os seus 75 anos e acolhe assim "um baile de época com a participação do SAXECooletivo e do Grupo de Exibição de Danças de Salão da Escola de Bailado Adriana Domingues".
Fonte: Lusa
Fotografia: CM Espinho
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