“Mais de 90% dos nossos 50 mil clientes cujos voos de 25 e 26 de julho [próxima quarta e quinta-feira] foram cancelados devido à greve dos tripulantes de cabine na Bélgica, Portugal e Espanha já têm voos remarcados ou solicitaram reembolso total”, informa a transportadora aérea, através de uma publicação feita na rede social ‘Twitter’.
Os sindicatos que representam a tripulação de cabine da transportadora irlandesa convocaram para 25 e 26 de julho uma greve em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica. A paralisação em Itália só se realizará no primeiro dos dois dias.
Os trabalhadores exigem que a companhia aérea de baixo custo, entre outras coisas, passe a respeitar os direitos dos trabalhadores em cada país em que opera e reconheça os representantes sindicais eleitos, que pretendem negociar um acordo coletivo de trabalho.
Ao todo, são 300 os voos diários já cancelados na próxima quarta e quinta-feira devido a perturbações provocadas pela greve de tripulantes de cabine em Portugal, Espanha e Bélgica.
A companhia estima que os cancelamentos possam envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados pela Ryanair de e para Portugal (27%).
Entretanto, hoje foi revelado um estudo que conclui que esta greve poderá levar a companhia aérea a ter de pagar indemnizações num total de 30 milhões de euros aos 50 mil passageiros afetados.
Em causa está uma estimativa feita pelo portal para a gestão de reclamações para voos cancelados Skycop, segundo a qual “os passageiros têm direito a exigir uma indemnização se o atraso for superior a três horas” uma vez que se trata de uma greve convocada pelos tripulantes de cabine.
Estas compensações financeiras poderão variar entre os 250 euros e os 600 euros, realça o mesmo portal, explicando que os montantes variam consoante a distância do voo e o tempo de espera.
Contudo, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a Ryanair explica que “a compensação segundo a normativa EU261 [na qual se enquadra a indemnização após atrasos de três horas] não é aplicada nesta situação”.
Isto porque as “greves sindicais estão consideradas circunstâncias extraordinárias, fora do controlo da companhia aérea”, justifica.
A Ryanair adianta que todos os clientes afetados por estes cancelamentos foram contactados através de e-mail ou mensagem de texto “relativamente às suas opções de reembolso total ou remarcação gratuita para um voo disponível num período de sete dias antes ou após os dias de greve”.
Fonte: Lusa
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