O acidente ocorreu após o meio-dia, quando o avião Cessna 207, da empresa Aero Santos, "no qual viajavam dois tripulantes e cinco passageiros, caiu em terra nas imediações do aeroporto María Reiche na cidade de Nazca, momentos após a descolagem", informou o ministério em comunicado. "Não houve sobreviventes", acrescentou.

A delegação da Defesa Civil em Nazca, 400 km ao sul de Lima, informou que os mortos são os dois tripulantes peruanos da aeronave (piloto e copiloto), dois chilenos e três holandeses.

"O pequeno avião caiu na região de Majoro quando começava o tour sobre as Linhas de Nazca", noticiou a emissora RPP.

"Após o impacto da aeronave com o solo, houve uma grande explosão", reportou o Canal N, que publicou um vídeo com os destroços fumegantes da aeronave, cobertos por espuma lançada pelos bombeiros para apagar o incêndio.

Nazca tem um pequeno aeródromo onde operam dezenas de pequenas aeronaves, com grande movimentação de passageiros, sobretudo turistas estrangeiros.

A empresa Aero Santos é uma delas e oferece voos de 30 minutos a uma hora sobre estas linhas, desenhadas no deserto e conhecidas mundialmente.

A Comissão de Investigação de Acidentes de Aviação (CIAA) será a entidade encarregada de fazer os interrogatórios sobre as causas do acidente, informou o ministério dos Transportes.

O Cessna 207 é um monomotor com capacidade para oito ocupantes, muito popular entre as empresas de táxi aéreo.

Acidentes similares ao desta sexta-feira já ocorreram no passado. Em outubro de 2010, quatro turistas britânicos e dois tripulantes peruanos morreram na queda de um pequeno avião da companhia AirNasca, após sobrevoar as linhas.

As Linhas de Nazca, uma das principais atrações turísticas do Peru, são geoglifos com mais de 2.000 anos de antiguidade com figuras geométricas e de animais, que só podem ser apreciadas do alto.

Situadas no meio do deserto, o seu significado real é um enigma: alguns investigadores consideram-nas um observatório astronómico e outros, um calendário.