Numa portaria publicada hoje no Diário da República, o Ministro da Cultura justifica que "o imóvel foi alvo de uma profunda intervenção destinada à sua adaptação para tipologias de habitação familiar, intervenção da qual decorreu a perda irreversível da integridade, da autenticidade, do caráter matricial, das relações volumétricas e do valor memorial do conjunto original".
Depois desta intervenção, o imóvel perdeu "as características patrimoniais e culturais anteriormente valorizadas e julgadas essenciais à manutenção da classificação de âmbito nacional", é acrescentado no diploma.
O palácio, na freguesia da Misericórdia, havia sido classificado como imóvel de interesse público em 1993.
O edifício encontrava-se já degradado em 2008, altura em que se iniciou um processo de restauro para a sua transformação em um condomínio privado de luxo.
Segundo os promotores deste empreendimento, "o condomínio privado é constituído por sete 'Lofts' e 36 apartamentos de tipologias que variam de T1 a T4, divididos por cinco edifícios, para além de quatro espaços comerciais".
O processo que culminou hoje na desclassificação do imóvel foi iniciado em 2016.
Segundo o site da Câmara de Lisboa, o Palácio foi edificado no séc. XVII por iniciativa da família Sousa de Macedo, que, no séc. XVIII, adquiriu o título de Condes de Mesquitela.
O palácio foi recuperado depois do terramoto de 1755, após o que passou a acolher vários estabelecimentos de ensino.
Fonte: Lusa
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