A entrada para o Museu do Louvre em Paris aumentou cerca de 30% nesta segunda-feira, de 17 para 22 euros devido à inflação e ao aumento com despesas de energia.
O Louvre, o museu mais visitado do mundo, não aumentava os seus preços há sete anos. O icónico espaço no coração de Paris recebeu cerca de 8,9 milhões de pessoas no ano passado.
O aumento não desincentivou dezenas de pessoas que faziam fila do lado de fora durante a manhã fria desta segunda-feira.
Depois de gastar mais de 5 mil dólares (cerca de 4.500 euros) em passagens aéreas da Austrália para si e para a sua filha, Janelle Manders, de 59 anos, disse que cinco euros adicionais não mudariam os seus planos.
"Estaria disposta a pagar o dobro do preço", disse à AFP. "É uma oportunidade bastante rara para nós, e sei que é caro manter este tipo de instituição em funcionamento", acrescentou, dizendo que estava especialmente interessada em ver a Vénus de Milo.
Outros não estavam tão convencidos. "Parece-me um pouco caro para um espaço cultural", disse Andrea, um turista italiano de 70 anos.
O Louvre justifica o aumento com a necessidade de cobrir os crescentes custos de energia: a sua fatura de eletricidade aumentou 88% entre 2021 e 2022.
A medida servirá também para alargar o horário de abertura.
O museu lembra que 40% dos visitantes atualmente não pagam entrada: os menores de 18 anos de qualquer nacionalidade, beneficiários de prestações sociais e desempregados, pessoas com deficiência, professores e jornalistas.
Não é o único preço a subir na capital francesa, que se prepara para receber os Jogos Olímpicos em julho e agosto. O preço da passagem de metro quase duplicará durante o evento desportivo.
A França registou uma inflação de 4,9% em 2021 e 5,2% em 2022, respetivamente.
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