A inflação não poupou nenhuma área do nosso quotidiano, incluindo a cultura. Museus e monumentos por toda a Europa têm sido pressionados para ajustar os seus preços de entrada para compensar o aumento dos custos operacionais.

O museu mais visitado do mundo é disso exemplo. Em janeiro, a entrada para o Museu do Louvre em Paris aumentou cerca de 30%, de 17 para 22 euros. Na altura, o Louvre justificou o aumento com a necessidade de cobrir os crescentes custos de energia (só entre 2021 e 2022, a sua fatura de eletricidade aumentou 88%). Em Portugal, os principais monumentos de Sintra também viram uma atualização de tarifário no início do ano.

O aumento no preço do bilhete para espreitar o sorriso mais enigmático da história da arte despertou-nos a curiosidade: como se compara o preço da entrada normal nos principais museus e monumentos portugueses com os seus pares europeus?

É importante notar que o valor de um bilhete não permite uma comparação perfeita entre instituições com coleções e níveis de procura muito diferentes. O Louvre, por exemplo, recebeu no ano passado quase tantos visitantes (8,9 milhões) quantos habitantes de Portugal. Um valor impressionante que, mesmo assim, não conta toda a história: 40% desses visitantes não pagaram entrada (é o caso dos menores de idade de qualquer nacionalidade, beneficiários de prestações sociais e desempregados, pessoas com deficiência, entre outras situações).