"Descobrimos seis vulcões em 2019, além dos três que acabamos de descobrir, mas já exisitiam outros cinco ou seis classificados. São uns quinze vulcões submarinos", afirmou Emanuele Lodolo, especialista do Instituto Nacional de Oceanografia e Geofísica Experimental (OGS) da Itália.

Estes três últimos "estão a uma profundidade variável entre 100 e 400 metros, e o mais próximo, a cerca de 7 km da costa" sudoeste da Sicília, explicou Lodolo.

Por enquanto, os especialistas não sabem se estes vulcões representam um risco para a população. "É como com os sismos, não temos capacidade de fazer previsões, não podemos afirmar que não haverá uma erupção. O importante é acompanhá-los constantemente".

O OGS detalhou, em nota, que também foram encontrados restos de um barco em investigações oceanográficas realizadas entre 16 de julho e 5 de agosto por uma equipa internacional de cientistas.

Os destroços, não identificados, pertenciam a um navio com centenas de metros de comprimento e 17 metros de largura, que está a 110 metros de profundidade no meio do caminho entre a ilhota vulcânica de Linosa e a Sicília.

As amostras recolhidas do vulcão "serão essenciais para reconstruir a história geológica de uma das regiões mais complexas do Mediterrâneo central", disse Matilde Ferrante, investigadora do OGS, que participou da expedição citada no comunicado.

Embora o Vesúvio e o Etna sejam os vulcões mais famosos, Itália conta na realidade com cerca de "70, dos quais a grande maioria é submarina, e vão da Toscana à Sicília e ao canal da Sicília", informou o site na internet do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).