"O que é verdade é que as nossas agendas governamentais, fruto dos lóbis normais dos destinos turísticos maduros, no caso de Portugal - Algarve, Madeira e Lisboa -, esgotam todo o orçamento de promoção e há pouca promoção para estes territórios", afirmou Armindo Jacinto à margem da Cimeira Internacional Destinos Culturais Sustentáveis sem Fronteiras, que decorre em Idanha-a-Velha, no distrito de Castelo Branco.
A cimeira de turismo promovida pela Associação Aldeias Históricas de Portugal tem como objetivo sensibilizar para a necessidade de uma política comum, à escala global, direcionada para áreas geográficas alternativas aos destinos de massas.
O autarca criticou ainda a ausência de qualquer membro da entidade regional do turismo do Centro na abertura desta cimeira mundial.
"O facto é que hoje, nesta reunião tão importante a nível mundial, com responsáveis de turismo da UNESCO, para promover estes destinos turísticos, o responsável da região Centro não esta cá, nem havia ninguém da entidade regional de Turismo do Centro na abertura deste encontro", sublinhou.
Armindo Jacinto adiantou ainda que este evento tem como objetivo chamar a atenção das agendas governamentais para territórios de excelência, como as aldeias históricas, que precisam de ser conhecidos no mundo para que os turistas os visitem.
"Esta cimeira é fundamental para que possamos dar a conhecer melhor aos nossos governantes esta necessidade de que estes territórios e estes destinos têm que estar nas agendas governamentais, até no caso de Portugal, para aumentarmos a permanência de turistas no país", frisou.
O autarca de Idanha-a-Nova, concelho que possui duas aldeias históricas no total das 12 existentes na rede, Monsanto e Idanha-a-Velha, disse que Portugal, com as acessibilidades que tem, é um país pequeno.
"Os turistas que vão para Lisboa ou Algarve, se lhes dermos a conhecer no seu destino estes destinos como as Aldeias Históricas de Portugal, e outros que existem em Portugal, os turistas quando vêm ficam mais tempo no país e vão conhecer estes territórios. Deixam riqueza nestes territórios. Isto é que é importante para o desenvolvimento económico e criação de riqueza nestes territórios", concluiu.
Fonte: Lusa
Foto: Município de Idanha-a-nova
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