Cada vez mais, os hotéis oferecem ginásios como uma das facilidades a usufruir pelos hóspedes. Mas, na realidade, são poucos os que o frequentam.

De acordo com um inquérito realizado pela Universidade de Hotelaria de Cornell, nos Estados Unidos, menos de metade dos hóspedes do hotel dizem ter planeado usar o centro de fitness.

Ao longo de oito semanas, os pesquisadores entrevistaram 782 hóspedes de hotel de 33 propriedades administradas por uma importante cadeia de hotéis antes e depois das estadias. As perguntas feitas incluiam que tipo de comodidades os hóspedes usavam, como o centro de fitness, água mineral gratuita e wi-fi no quarto. E as respostas indicaram que os entrevistados usaram todas as ofertas menos do que pretendiam. Quarenta e seis por cento disseram que pretendiam usar o ginásio, mas apenas 22% realmente concretizaram esse desejo.

O objetivo da pesquisa era o de saber qual o retorno dos hotéis em relação ao investimento que fazem nestas ofertas aos seus clientes. A conclusão é de que instalar um ginásio é caro e incorre em custos de manutenção superiores, como a substituição de equipamentos avariados, juntamente com a limpeza dos mesmos, fornecimento de toalhas e água.

Apesar dos resultados deste inquérito não serem animadores para a indústria dos hotéis e resorts no que diz respeito ao investimento em tendências relacionadas com o exercício físico, continua a existir uma forte procura por viagens de bem-estar.

O Global Wellness Institute (GWI) divulgou recentemente o 2016 Global Wellness Economy Monitor, a única pesquisa que mede e analisa 10 mercados relacionados com fitness e bem-estar, onde refere que esta indústria cresceu mundialmente 10,6% entre 2013 e 2015, tornando-se num dos mercados mais rápidos e resistentes do mundo. A China, por exemplo, foi um dos países que registou maiores ganhos em receitas de turismo de bem-estar (+300%), enquanto que África tem o crescimento mais rápido no mercado dos Spa, com 40% de aumento nas receitas.

No top 3 dos mercados de maior crescimento registado em 2015 estão os Estados Unidos, seguido da China e Alemanha.