A invasão das dunas, ou seja, montanhas de areia formadas pela acção do vento, pode arrasar cidades. Chinguetti, no norte da Mauritânia, é uma delas. Em tempos, foi um importante centro comercial para responder às necessidades das caravanas que atravessavam o Sahara. Havia lojas e mercados de rua para os viajantes se abastecerem. Hoje em dia, o cenário é outro. Quando há tempestades de areia, Chinguetti fica praticamente submersa.
Ainda na Mauritânia, a capital Nouakchott é o grande centro económico deste país africano, que faz fronteira com Marrocos, Senegal, Argélia e Mali. Todos os dias, encontram-se no mercado abastecedor pescadores, vendedores e clientes. No entanto, o avanço das dunas desde o deserto até aos arredores da cidade é, cada vez mais, uma realidade. Nos dias de tempestade, homens e mulheres totalmente cobertos com mantos, resistem aos grãos de areia para que o mercado continue a funcionar.
Em Dakar, capital do Senegal, a situação é semelhante. Cidade muito plana, com pouco mais de um milhão de habitantes, é invadida frequentemente pela areia do deserto do Sahara. As ruas ficam cobertas de areia, ao ponto de parecer que se está andar a pé numa praia.
Já Kolmanskop é uma cidade fantasma no sul da Namíbia, a poucos quilómetros do porto de Lüderitz.
Em 1908, com a descoberta de diamantes, o porto de Lüderitz foi invadido por milhares de africanos vindos de todo o lado na esperança de fazer fortuna. Em dois anos, esta cidade tornou-se numa das mais desenvolvidas do continente africano, com escolas, hospitais, um casino e muitas casas.
Após a queda brusca da venda de diamantes no final da Primeira Guerra Mundial, Kolmanskop foi-se tornando uma cidade fantasma. Os habitantes partiram para outros locais, em busca de melhor qualidade de vida. Durante a década de 50, ficou completamente deserta e desde então as dunas tomaram conta da cidade. Há casas só com o telhado à vista. Quem beneficiou desta situação foi o governo da Namíbia. Kolmanskop é hoje em dia um dos pontos turísticos mais procurados no país.
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