Islândia, Letónia, Noruega, Dinamarca e Áustria vão passar a ter voos regulares para o Porto, na sequência do esforço que o Turismo de Portugal, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e o Turismo do Porto e Norte, têm feito no sentido de captar novas companhias aéreas para a região. Cinco novas rotas que se juntam à do Porto-Telavive, que ontem voltou a aterrar na Invicta. “Creio que em 2023 podemos bater o recorde de companhias a voar para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro”, considera Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, esperançado também que isso signifique “um ano em que vamos, uma vez mais, superar os melhores números já alcançados, em termos de dormidas, hóspedes e proveitos”.

Desde ontem, o Porto já passa a contar com uma nova rota aérea Porto-Telavive. A companhia Sun dOr El Al, Tel Aviv proporciona dois voos semanais para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o que constitui um forte atrativo para captar um mercado – o israelita - que já tem alguma expressão no fluxo de turistas do Turismo do Porto e Norte.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, congratula-se “com a capacidade que a região tem demonstrado para captar novas companhias e conseguir fazer com que as que já cá estavam reforcem a sua oferta”.

Ciente de que este é um mercado com muito potencial, ainda por explorar, o Turismo do Porto e Norte, em parceria com o Turismo de Portugal, vai desenvolver uma campanha de co-branding com a Sun d’Or El Al, Tel Aviv para promover esta rota. Em 2022, o destino recebeu mais de 41 mil hóspedes israelitas, posicionando este mercado como o 13.º mercado emissor. Ainda então sem uma ligação direta, o aumento do número de turistas oriundos de Israel teve um crescimento na ordem dos 32 por cento.

Diversificar mercados

Depois de um ano de 2022 em que a retoma turística no destino ultrapassou as expectativas iniciais, o Turismo do Porto e Norte está apostado em manter o fluxo turístico dos mercados tradicionais e de proximidade, mas muito comprometido com a captação de mercados de longo curso de destinos como o Brasil, Estados Unidos da América, Canadá e Médio Oriente, para o qual a chegada de uma companhia aérea de Israel se revela como um importante passo.

“Estes mercados de grande poder aquisitivo são fulcrais para o aumento dos proveitos de todos os stakeholders, e vêm com vontade de usufruir de experiências completas, ficam no destino mais tempo e em mais locais, ajudando a dinamizar a economia”, considera Luís Pedro Martins, desejando que “a operação seja bem sucedida para merecer a confiança da companhia e apostar numa operação all-year”.

Para o CEO da Sun d’ Or, Gal Gershon, estes dois voos semanais para o Porto, que se juntam aos seis voos semanais para Lisboa, “refletem o interesse dos israelitas por Portugal”, o que se comprova “pelo interesse que já vem sendo demonstrado pelo mercado, pela sua natureza, paisagens e locais de interesse”. Este responsável espera “uma cooperação muito efetiva com o Turismo do Porto e Norte e um estreitamento das relações comerciais e diplomáticas entre Israel e Portugal”.

Em discussão mantém-se a expectativa da região em poder ver reforçadas as verbas para o aprofundamento da conetividade aérea, permitindo a realização de campanhas de comunicação nos destinos destas novas rotas, de forma a assegurar o sucesso das mesmas e a captação de novas, nomeadamente em mercados de longa distância.