O "pacote", que será formalmente inaugurado pelo presidente Emmanuel Macron às 17H00 (16h00 em Lisboa), consiste em 25.000 m2 de tecido de polipropileno reciclável, que brilha com tons azulados ao sol, anexado ao monumento com três quilómetros de cordas de cor vermelha.

O público poderá visitar a obra a partir do próximo sábado. A grande praça ao redor do monumento, um dos pontos mais importante da cidade, será fechada ao trânsito todos os  fins de semana até ao dia 3 de outubro, quando o "presente" será desfeito.

"É um presente formidável para os parisienses, para os franceses e, para além disso, para todos os amantes da arte", disse Bachelot.

Esta é uma obra póstuma de Christo (1935-2020) e da sua companheira Jeanne-Claude (1935-2009), que foi concretizada pelo sobrinho do artista, Vladimir Yavachev.

"Christo sempre dizia que a parte mais difícil era conseguir as autorizações", recordou Yavachev durante a conferência de imprensa de apresentação da obra. Mas desta vez a autorização veio de forma inesperadamente rápida, a partir da concepção do projeto em 2017, afirmou o executor do "Arco do Triunfo, embrulhado".

A presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, explicou que a experiência prévia da cidade com Christo, quando ele embrulhou a Pont Neuf, em 1985, foi decisiva para autorizar esta nova aventura artística.

O projeto da Pont Neuf, uma das pontes que cruzam o rio Sena, "foi uma forma de despertar esta cidade", afirmou Hidalgo.

O Arco do Triunfo, que começou a ser construído em 1806, durante o regime de Napoleão, exibe nas suas fachadas e colunas as vitórias do então imperador, e sob as colunas está o túmulo de um soldado desconhecido, com uma chama que é acesa todas as noites.

O público poderá aproximar-se e tocar a obra, e a chama continuará a ser acesa à noite, disse Hidalgo.

Com um custo de 14 milhões de euros, o projeto foi totalmente autofinanciado com a venda de obras da Fundação Christo, afirmou Yavachev.

Christo chegou no início dos anos 1960 a Paris, depois de fugir da ditadura comunista no seu país. Na capital francesa conheceu Jeanne-Claude. A partir do seu sótão conseguia contemplar diariamente o Arco do Triunfo, recordou o sobrinho. Imediatamente começou a sonhar com o projeto, que precisou de quase 60 anos para se tornar realidade.

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