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Segundo a Câmara Municipal do Sabugal, a representação cénica da Paixão de Cristo, com encenação de João Reis, conta com a participação de voluntários da comunidade, nos papéis de atores e de figurantes.

A iniciativa vai decorrer pelas ruas de Vilar Maior, a partir das 21:00 do dia 15, e levará os participantes “por um percurso que se inicia junto à Ponte Medieval, com o Batismo de Jesus, no rio Jordão, e que culmina com a Ressurreição de Jesus, na envolvente do Largo do Castelo”.

A “Encenação da Paixão de Cristo” é promovida pela Associação Muralhas de Vilar Maior, em parceria com o município do Sabugal e a União de Freguesias de Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos, em estreita colaboração com a comunidade local.

O vereador da Câmara Municipal do Sabugal com o pelouro da Cultura, Amadeu Neves, disse hoje à agência Lusa que o evento religioso não era realizado desde 2014 e regressa às ruas de Vilar Maior por estarem “reunidas as condições” para voltar a acontecer.

“Surgiu a Associação Muralhas de Vilar Maior e [os seus dirigentes] tiveram vontade e dinamismo para retomar esta tradição, com a ajuda da Câmara Municipal do Sabugal e da Junta de Freguesia”, justificou.

Segundo o autarca, a iniciativa, que terá uma duração aproximada de três horas, envolve cerca de 100 figurantes e voluntários do concelho do Sabugal.

“Sendo Vilar Maior uma das aldeias com mais história e património e condições naturais para que se desenvolva este tipo de recriação, pensamos que [a “Encenação da Paixão de Cristo”] se pode tornar numa referência regional”, admitiu.

Amadeu Neves referiu que as expectativas da organização relativamente à afluência de público “são grandes”.

“Se continuar a ser como se verificava [até 2014], contamos com milhares de pessoas do concelho, da região e mesmo de Espanha”, vaticinou.

O município do Sabugal está a divulgar o evento associado à Páscoa não só na região como também na Província de Salamanca, no país vizinho com o qual faz fronteira.

“Vamos ver se os espanhóis retomam a ligação ao nosso território, como tinham antes da pandemia. Estamos convictos de que temos reunidas todas as condições para que tal aconteça”, rematou o responsável.

A iniciativa está integrada no projeto de programação “Quadragésima”, um ciclo de Tradições da Quaresma e Semana Santa, desenvolvido em rede entre os municípios de Sabugal, Belmonte, Covilhã e Fundão, para “promoção e preservação das manifestações do património imaterial associado às Tradições da Quaresma”, segundo a autarquia do Sabugal.