Viajar na companhia da gastronomia portuguesa não é mais sinónimo apenas de cozinha tradicional e pratos regionais. Portugal é um destino turístico em alta, e atrai todo o tipo de visitantes. Uns procuram o lado mais tradicional da gastronomia, e os sabores mais típicos, mas outros preferem o seu lado mais elegante, e os sabores mais singulares. O mercado respondeu a essa procura e a cozinha gourmet não só está em franco crescimento em Portugal, como já não se limita aos grandes centros urbanos.

Viajar à boleia da comida: Em busca do lugar perfeito para degustar o peixe do rio Douro
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O Douro é a região por excelência onde o turismo está sempre, directa ou indirectamente, ligado à gastronomia e aos vinhos. Apesar de a região não ter grandes cidades como Porto e Lisboa, a particularidade de se estar tão perto da fonte de produtos de qualidade e de vinhos de excelência fez com que a cozinha gourmet se tenha imposto numa área, à partida, um pouco improvável. E nada melhor do que aliar a magnificência da paisagem duriense com o requinte de uma gastronomia em que comer deixa de ser um acto básico e rotineiro e passa a ser uma experiência cultural que envolve todos os sentidos. E o vinho do Porto é o mote.

Já tivemos oportunidade aqui no SAPO Viagens de escrevermos sobre o restaurante Castas & Pratos, uma referência gourmet na Régua. Desta vez, aventurámo-nos pelas margens do rio Douro acima, entre a Régua e o Pinhão, e apresentamos uma excelente opção para uma experiência gourmet no Douro. Deleite os seus sentidos com as paisagens do Douro, e os pratos que chefs inspirados elaborarão para si, resultando numa experiência sensorial inesquecível. Na margem direita do Douro, em Covas do Douro – Sabrosa, perto da estação-apeadeiro da linha ferroviária do Douro de Ferrão, conhecemos uma das melhores quintas da região, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, com uma história de mais de 250 anos, e actualmente uma referência de enoturismo em Portugal. Acessível a partir do Pinhão, por uma estrada secundária que atravessa a paisagem assombrosa das encostas do Douro, ou a partir de Vila Real (EN 322), esta quinta oferece alojamento de qualidade e uma experiência enoturística única aos seus visitantes, incluindo um leque de actividades que vão desde as tradicionais visita à adega e prova de vinhos, até às mais singulares como um dia na vindima, enólogo por um dia, ou cursos de vinhos. Além disso, existem alguns percursos pedestres sinalizados que percorrem uma parte dos 120 hectares da propriedade e que permitem aos caminhantes uma maior proximidade às vinhas que produzem vinhos de reconhecida qualidade, e a alguns pontos de interesse histórico e cultural, relacionados com a história da quinta.

No entanto, a Quinta Nova tem ainda outra grande atracção para aqueles que a visitam: o Conceitus Winery Restaurant. Este restaurante criou uma dinâmica muito própria dentro da Quinta Nova, atraindo visitantes que ali se deslocam especialmente para degustarem os pratos especiais que são preparados diariamente pelo Chef José Pinto. O conceito por trás do Conceitus é criar uma perfeita harmonia da gastronomia, baseada em produtos locais, com os vinhos da propriedade. Numa sala clássica, ou num terraço panorâmico com uma vista fabulosa sobre as vinhas e o rio Douro, é possível embarcar numa viagem culinária, em que a sua visão e o seu paladar serão desafiados por novas sensações.

Apaixonados pelo Douro? Viaje nestas belas fotografias do Douro
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Nós enveredámos por um menu de degustação (diferente para cada um de nós), acompanhado por vinhos produzidos na quinta, das marcas Quinta Nova, Mirabilis, Grainha, Pomares, ou ainda o Late Bottled Vintage. Aliás, as experiências vínicas não se ficam pelo restaurante, já que ao lado deste, existe um wine bar, que combina um vasto leque de vinhos com tapas e tábuas preparadas com iguarias locais. A nossa viagem começou com uma sopa, e nada melhor do que começar com um aveludado de couve-flor, puxado de toucinho ibérico, e com pinceladas de salsa, ou um creme de abóbora assada, com pevide especiada, e legumes ao vapor. O sol do Douro era atenuado pelas ramadas que nos faziam sombra no terraço, e sentíamos que o melhor estava ainda para vir. Avançamos nas entradas, e provámos a terrina de coelho, pistáchio, molho de uva, rebentos e alface da estação, assim como a codorniz, com espinafres suados, e vinagrete de milho. Mas o serviço impecável, e a paisagem estonteante puxavam por nós e queríamos mais. O prato principal esperava por nós e não podíamos deixar de experimentar com prazer a bochecha de porco cozida 8 horas, com arroz perfumado de aipo e salteado de legumes, mas também o bacalhau com beringela no forno, e batata salteada em alecrim. Finalmente, para coroar uma refeição única, nada melhor do que saborear sobremesas como o típico pão-de-ló, com crumble de frutos do bosque, e a tarte de maça, com creme de amêndoa e gelado de baunilha. O vinho do Porto é o final divinal.

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