Já lá vão 20 anos desde que a cadeia de restauração norte-americana Starbucks abriu o seu primeiro café na Europa - em Londres. Depois de se ter espalhado em várias cidades, havia um país que resistia à entrada dos americanos e lattes em copos de cartão. Os italianos apreciam o café a um ritmo lento e sem pressa, ao contrário da ideologia da cadeia norte-americana, que valoriza a instantaneidade e o movimento ao mesmo tempo em que se bebe um café.

Depois de ter conquistado 22 países na Europa, a Starbucks conseguiu finalmente entrar no território italiano e fê-lo com pompa e circunstância em Milão. A capital da moda serviu de montra luxuosa para esta estreia.

Os planos da empresa passavam em desenvolver um café especial para o mercado italiano, para que não apresentasse um risco para as cafetarias locais. Essa pesquisa atrasou na inauguração (setembro passado) mas a espera valeu a pena. A versão italiana destes cafés nada tem a ver com os restantes, tendo ido buscar inspiração nos bares clássicos da cidade com um design de deixar qualquer um boquiaberto.

Os responsáveis pelo espaço decidiram transformar o Grandiose Piazza Cordusio, um antigo espaço dos correios, perto da Catedral de Milão, em Starbucks. A entrada é digna de filmes e está em harmonia com a arquitetura gótica da cidade.

O espaço tem um nome acoplado especial, “Reseve Roastery”, porque recorre a um café de torra premium e serve iguarias que agradam aos italianos, principalmente aos naturais de Milão.

A inauguração teve, como seria de esperar, a aprovação do presidente do Instituto Nacional de Expresso italiano, Paolo Gadalet, que se mostrou muito contente com a entrada da Starbucks em território italiano, mesmo acreditando que “o café servido pela cadeia não seja como um expresso italiano”.

A Starbucks pretende que os clientes que entrem neste espaço tenham a mesma experiência que teriam ao entrar num café tradicional.

Se ficou curioso pode ver, na fotogaleria acima, mais curiosidades sobre o primeiro Starbucks em Itália.