O número de dias que sugerimos para o roteiro de cinco dias para visitar a Madeira pressupõe que a viagem seja feita de carro. Já sabe que nos nossos roteiros o número de dias é meramente indicativo. Assim sendo, pode, claro, abdicar os acrescentar algumas actividades, consoante o que fizer mais sentido para si.

Roteiro Madeira – Dia 1

Tal como combinado, o nosso carro para explorar a ilha nos próximos dias já nos aguardava no aeroporto. Toda a equipa da empresa Silhueta Azul foi formidável connosco. Chegámos por volta do meio dia e a primeira paragem, claro está, foi para almoçar, antes de começar a explorar a ilha. Parámos no Muralhas Bar Caniçal (que é perto do aeroporto). Aqui comemos o famoso bolo do caco, lapas maravilhosas e ainda provámos o picado regional. Acompanhámos, claro, com a cerveja Coral e uma Brisa de Maracujá. Estava tudo maravilhoso!

créditos: Viver o Mundo

Antes mesmo de pousar as malas no nosso alojamento, decidimos fazer a Vereda da Ponta de São Lourenço. Mas, se tal como nós, forem directos para o trilho, aconselhamos a usar roupa e calçado confortável. Nós não nos trocámos e arrependemo-nos, claro!

A Ponta de São Lourenço, para além de ser muito ventosa, tem também uma enorme exposição solar. Uma vez que não há sombras e vai caminhar durante muito tempo, aconselhamos a levar bastante água e a colocar protector solar!

Recuperámos o fôlego e seguimos até ao Miradouro da Ponta do Rosto. Ali é possível admirar a recortada orla costeira de tons vulcânicos tanto da costa Norte, como da costa Sul da Ilha da Madeira.

A paragem seguinte, já a caminho do Funchal, foi para conhecer o Cristo Rei da Madeira, na Ponta do Garajau. As vistas, essas, são incríveis!

O dia já ia longo, mas ainda tivemos forças para deambular pelas estreitas ruas da Zona Velha. Esta zona é também o ponto de encontro para começar a noite, num dos muitos bares locais. Esta zona, com mais ênfase na Rua de Santa Maria, faz as delícias dos amantes de street art. Nós, pessoalmente, adorámos e encheu-nos as medidas! Desfrute do ambiente que ali se vive e que se transforma ao longo do dia.

Não deixe de admirar também a emblemática Igreja do Socorro e o Forte de São Tiago.

O que não pode perder no primeiro dia de visita à Madeira:

  • Vereda da Ponta de São Lourenço
  • Miradouro da Ponta do Rosto
  • Cristo Rei da Madeira
  • Zona Velha
  • Forte de São Tiago

Roteiro Madeira – Dia 2

No segundo dia na Madeira, rumámos até ao Miradouro da Eira do Serrado, pois o céu estava limpo.

O tempo é muito imprevisível, como tal, aconselhamos que diariamente, antes de sair, consultem o site Net Madeira. Este site mostra através de webcams como se encontra o tempo em vários pontos estratégicos da ilha, tornando-se fundamental para programarem o vosso dia. Daí ter de adaptar algumas vezes o seu roteiro.

A cerca de meia hora de carro do Funchal, sempre a subir, chegámos ao Miradouro da Eira do Serrado. O acesso é feito por um pequeno trilho sinalizado, que se inicia na Estalagem da Eira do Serrado.

A mais de 1000 metros de altura poderá desfrutar de uma incrível vista sobre o Curral das Freiras, uma pequena povoação escondida num profundo vale. A grandeza das montanhas em seu redor e o seu vale profundo, fazem deste local uma das mais belas paisagens da Madeira.

A próxima paragem foi no Posto Florestal do Fanal, um dos locais mais místicos da ilha. Devemos confessar que este era um dos locais que mais queríamos visitar. E a verdade é que não desiludiu!

Madeira
créditos: Viver o Mundo

Nós fomos de carro, mas existe a possibilidade de fazer a Vereda do Fanal (PR13) que tem cerca de 11 quilómetros. Se optar por fazer o trilho, saiba que o mesmo tem início na Estrada Regional 209 (Assobiadores) e termina junto ao Posto Florestal do Fanal.

Esta pequena caldeira vulcânica, classificada de “Reserva de Repouso e Silêncio” é o local ideal para usufruir de um momento de puro relaxamento. Ali irá encontrar um bosque de Tis centenárias, que remontam ao período do descobrimento da ilha. Os ramos e raízes das árvores apresentam as formas mais estranhas e incomuns, conferindo-lhes um toque ainda mais especial!

Ah, não deixe de espreitar a lagoa! Foi ali que ouvimos um dos mais belos sons da natureza: o cantar de imensas rãs. Curioso? Então espreite o vídeo nos destaques do nosso instagram @blog.viveromundo.

Já eram horas de almoço, e decidimos provar o bife atum e o filete de peixe espada preto no Café Atlântico, em Porto Moniz.

Agora mais compostos, rumámos até aos ilhéus da Ribeira da Janela. Não muito distantes da costa marítima, este é um dos cartões postais da ilha. São três no total e estão devidamente baptizados: Ilhéu da Rama, Ilhéu Alto, e o Ilhéuzinho.

Sugerimos que suba as escadas até ao topo, onde existe uma abertura na rocha, algo parecida com uma janela. É daí que vem o nome da freguesia na qual os ilhéus estão localizados, Ribeira da Janela.

O calor começava a apertar e nada melhor do que nos refrescarmos nas Piscinas Naturais do Seixal. As piscinas são de origem vulcânica, gratuitas e de uma beleza rara. Apesar de estarem carros estacionados lá em baixo, achámos a estrada de acesso muito íngrime e preferimos não arriscar. Assim sendo, deixámos o carro estacionado na parte superior e descemos a pé.

Madeira
créditos: Viver o Mundo

Desfrute da majestosa vista sobre o mar e da envolvência paradisíaca da costa norte da Madeira. A água não é fria e é de tal forma transparente que vemos os peixinhos a nadarem aos nossos pés. Que maravilha de local!

Agora mais fresquinhos, chegara a hora de conhecer a praia mais bonita da ilha da Madeira, senão a mais bonita de Portugal. Falamos, portanto, da Praia do Porto do Seixal.

Trata-se de uma praia de areia preta de uma beleza invulgar, digna de um quadro perfeito! Pense na areia negra a contrastar com o azul cristalino do mar, e ainda com as verdejantes montanhas em seu redor… Daquelas paisagens que guardamos com muito carinho no nosso coração!

A verdade é que gostámos tanto da praia, que fomos novamente a banhos e estendemos a toalha para simplesmente ficarmos ali a contemplá-la!

Na ligação entre São Vicente e o Seixal parámos para deslumbrar a Cascata do Véu da Noiva. Devido à sua altura e à carga de água que jorra pela encosta abaixo, faz lembrar o véu de uma noiva. É apaixonante!

Um pouco mais à frente, mesmo à saída do túnel que antecede a entrada de São Vicente, encontramos a Cascata de São Vicente. Pare o carro, em segurança, e aproveite! Afinal não é todos os dias que conseguimos estacionar o carro ao lado de uma cascata tão grande!

O dia já estava a terminar, mas não podíamos deixar de provar aquela que dizem ser a melhor poncha da Madeira. Parámos então na Taberna da Poncha, na Serra de Água. Se é a melhor não sabemos. Mas que era boa (e forte!) lá isso era.

O interior do estabelecimento tornou-se conhecido pelos cartões colados nas paredes com contactos dos clientes.

Uma outra particularidade do local é que os clientes têm de deixar as cascas de amendoim no chão, que funcionam como aperitivo. É uma prática comum! Reza a história que as cascas de amendoim deitavam-se para o chão para o deixar seco. Assim, conforme a bebida ia caindo, as cascas ajudavam a absorver e a limpar para as pessoas não escorregarem.

Não podíamos continuar a beber poncha de estômago vazio! Assim sendo, e para encerrar o dia, aproveitámos para jantar num dos restaurantes mais afamados da ilha. No Restaurante Santo António provámos a especialidade da casa: espetada regional em pau de louro acompanhado de milho frito. Uma delícia!

O que não pode perder no segundo dia de visita à Madeira:

  • Miradouro da Eira do Serrado
  • Posto Florestal do Fanal
  • Ilhéus da Ribeira da Janela
  • Piscinas Naturais do Seixal
  • Praia do Porto do Seixal
  • Cascata do Véu da Noiva
  • Cascata de São Vicente
  • Taberna da Poncha

Roteiro Madeira – Dia 3

O terceiro dia na Madeira começou bem cedo. Eram 6h30 e já estávamos no Pico do Areeiro, prontíssimos para assistir a um verdadeiro espectáculo da mãe-natureza!

Quando o sol nasce, é para todos – costuma-se dizer! Mas vê-lo nascer a 1818 metros de altitude é algo único! Se perguntar a um madeirense o que não pode mesmo perder numa viagem à Madeira, a resposta vai ser unânime: ver o nascer do sol. E agora percebemos o porquê… Foi dos momentos mais prazerosos que já tivemos em viagem!

Madeira
créditos: Viver o Mundo

É difícil traduzir em palavras o que sentimos naquele momento. Quem foi, certamente percebe o que dizemos! A verdade é que sente-se uma energia tão boa, que saímos de lá renovados! A emoção era tal, que as lágrimas teimavam em escorrer na cara da Lara.

Dica: leve um bom agasalho ou mantas (faz frio). Se gostar, leve um cafézinho no termo e tome o pequeno almoço com a melhor vista de sempre!

Uma caminhada logo pela manhã nunca fez mal a ninguém! Vá até ao Miradouro do Ninho da Manta (30 minutos a pé), de onde é possível observar grande parte da Cordilheira Montanhosa Central.

Este dia foi bem puxadinho e fizemos várias caminhadas! A paragem seguinte foi então para dar corda às sapatilhas na Vereda dos Balcões. Considerado de baixo grau de dificuldade, o trilho conta com 1,5km (+1,5km de regresso). Faz-se lindamente e é uma excelente opção de caminhada para fazer em família, inclusivamente com crianças pequenas!

O pequeno trilho segue a Levada da Serra do Faial, dando acesso ao Miradouro dos Balcões. Ali estará à sua espera (se o tempo o permitir) um cenário maravilhoso coberto pelos verdejantes vales da floresta Laurissilva. Apaixonante!

Neste miradouro vai avistar também muitos passarinhos. Leve alpista consigo e delicie-se quando estes vierem comer à sua mão. Mais um momento único!

A próxima paragem foi no Miradouro do Guindaste para contemplar uma soberba panorâmica sobre o imenso oceano que banha a costa norte da ilha, desde o Faial até à Ponta de São Lourenço.

Madeira
créditos: Viver o Mundo

Desta feita, fomos conhecer um dos cartões postais da Madeira: as casas típicas de Santana. As triangulares casas típicas de Santana, feitas de madeira e colmo, podem ser vistas um pouco por todo o concelho, mas é no Núcleo de Casas Típicas de Santana que se encontram as mais conhecidas.

É possível visitar o seu interior e adquirir uma enorme variedade de artesanato e produtos locais. Devemos confessar que este foi o único local que nos decepcionou, uma vez que estávamos à espera de encontrar imensas casinhas, sendo que na verdade só lá estão quatro ou cinco! Ainda assim, não deixe de espreitar!Ir à Madeira e não fazer uma levada, é o mesmo que… (completem a frase). Como tal, da parte da tarde, fizemos a Levada do Caldeirão Verde. Nós avisámos que caminhámos muito neste dia!

Mas… O que é uma levada? Uma levada é um canal de irrigação destinado a levar água dos locais onde é abundante para os locais onde não é. Em busca de armazenar água nos campos de cultivo e nas zonas mais habitadas, construíram estas levadas. O objectivo é então levar a água do norte (onde abunda) para o sul da ilha.

A Levada do Caldeirão Verde inicia-se no Parque Florestal das Queimadas, onde encontramos a fotogénica Casa de Abrigo das Queimadas, uma casa típica de Santana em ponto grande com um bonito telhado de colmo. Estacione o carro no parque e parta à descoberta! Saiba ainda que no local existe um cafézinho e casas de banho (pagas).

Preparados? Esta levada tem aproximadamente 6,5 km (13 km ida e volta) e é considerada de grau médio de dificuldade. Pelo caminho, terá a oportunidade de explorar a magnífica e densa Floresta Laurissilva. A cada passo dado é impossível não ficar rendido. De um lado a levada que transporta a água fresca, e do outro as imponentes árvores que nos transportam para o cenário de um filme.

Todo o percurso está bem sinalizado, no entanto não tem muito que enganar: é sempre em frente!

Onde ficar, o que comer e outras informações para planear a sua viagem à Madeira

Até chegar ao Caldeirão Verde vai passar nalguns túneis (uns mais extensos que outros) que terá de atravessar em total escuridão. Assim sendo leve uma lanterna e tenha cuidado. A última coisa que queremos é um galo na cabeça, certo?

No final do percurso surge então o majestoso Caldeirão Verde. O lago do Caldeirão Verde é formado pela água que se projecta verticalmente do leito do Ribeiro do Caldeirão Verde a uma altura de aproximadamente 100m. É fascinante como a natureza tem o poder de nos deixar tão pequeninos ao lado de coisas como esta!

Depois de repousar um pouco e apreciar a paisagem natural envolvente e a incrível cascata, tem duas opções. Ou regressa logo pelo caminho inverso ou então, se ainda tiver forças, continua o percurso até ao Caldeirão do Inferno (mais 2,2km). Somos honestos, nós já não fizemos esta parte do trilho, apesar de nos garantirem que era bonita de igual forma. Mas já estávamos muito cansados e tínhamos receio de fazer todo o caminho para trás de noite. Temos então uma excelente desculpa para voltar à Madeira!

O que levar:

  • Roupa confortável
  • Casaco impermeável
  • Calçado confortável e resistente
  • Água e comida
  • Mochila com cobertura impermeável
  • Lanterna

Se tiver mais tempo na ilha, recomendamos a fazer mais levadas. Tivemos pena de não conseguirmos fazer mais uma ou duas!

Depois desta caminhada, tivemos a feliz (ou infeliz) ideia de ir até ao Pico Ruivo, de carro. No entanto, a estrada que dá acesso estava em obras naquela altura, logo demorámos mais do que idealizámos. Supostamente iríamos fazer a Vereda do Pico Ruivo (2,8km), com início na Achada do Teixeira.

Pico Ruivo

Assim sendo, apenas fizemos um pouco do percurso pois estava muito frio e já estava a escurecer. Ficámos com muita pena, mas imprevistos acontecem!

Já de regresso ao Funchal, parámos no Bar O Avô para um jantar tardio. Aqui encontrará “a maior colecção de cachecóis de clubes de futebol do mundo”. A verdade é que cobrem todo o tecto do espaço que está repleto de objectos alusivos à ilha da Madeira.

Como estávamos ali perto, decidimos ir num lusco-fusco espreitar a famosa estátua do Cristiano Ronaldo, em frente ao Museu CR7.

Este dia foi bastante corrido, e estávamos mesmo a precisar de um banho e de uma caminha. Assim foi!

O que não pode perder no terceiro dia de visita à Madeira:

  • Nascer do sol no Pico do Areeiro
  • Miradouro do Ninho da Manta
  • Vereda dos Balcões
  • Miradouro do Guindaste
  • Casas típicas de Santana
  • Parque Florestal das Queimadas
  • Levada do Caldeirão Verde
  • Pico Ruivo
  • Estátua do Cristiano Ronaldo

Roteiro Madeira – Dia 4

Este dia foi dedicado a explorar a Costa Oeste da Ilha da Madeira. E que belo dia! A primeira paragem do dia foi na Promenade do Lido. Esta Promenade é um passeio marítimo que estabelece uma ligação pedonal entre a zona do Lido e a Praia Formosa. Fizemos um pequeno passeio por lá, como pano de fundo o azulão do Oceano Atlântico.

Seguimos então para uma das localidades que mais gostámos na Madeira. Falamo-vos, portanto, de Câmara de Lobos. Esta foi a primeira povoação criada na Madeira pelo próprio navegador João Gonçalves Zarco, o descobridor da Madeira.

Passeie ao longo da baía, que agora é usada como estaleiro ao ar livre, onde os barcos tradicionais são reparados ou pintados. Atente também na cor da água, que é só incrível! Ficámos rendidos…

Madeira
créditos: Viver o Mundo

Para além do incontornável passeio ao longo da baía não deixe também de passear pelas ruas do centro histórico. São um mimo! Aqui vai encontrar uma obra de Bordalo II. O lobo-marinho representado provém do facto de, na época da descoberta da ilha, ter sido avistada uma grande quantidade de lobos-marinhos naquela enseada (daí o nome).

Gostámos tanto deste local que decidimos sentar na esplanada do bar “A Vaquinha”, junto à baía, para simplesmente contemplar a vista! Fomos super bem recebidos pelos funcionários, que eram de uma simpatia extrema! Para acompanhar aquele momento pedimos uma Nikita. Foi a simbiose perfeita!

A próxima paragem do dia foi no conhecido Miradouro do Cabo Girão. Este é o mais alto penhasco marítimo da Madeira, com 580 metros. Famoso pela sua plataforma suspensa em vidro, oferece uma deslumbrante vista sobre as fajãs do Rancho e do Cabo Girão.

De seguida parámos no Miradouro da Fajã dos Padres, localizado no cimo de uma falésia, a cerca de 250 m de altitude. Este proporciona uma bela vista sobre a Fajã dos Padres. Nós ficámos a apreciar apenas a vista de cima, no entanto pode descer de teleférico.

Continuámos o nosso roteiro até à Ribeira Brava, onde demos um passeio muito agradável pela sua marginal. Se for com tempo, não deixar de visitar as ruínas do Forte de São Bento e a Igreja Matriz.

Sempre junto ao mar, a nossa próxima paragem foi na Ponta do Sol. Estacionámos o carro na marginal e almoçámos (sandes) com o som das ondas a rebolarem na areia. Que maravilha!

A Ponta do Sol é considerado o concelho mais quente da ilha e onde o sol brilha durante maior número de horas. Infelizmente o dia estava escuro, mas nem isso tirou beleza ao local!

A uma curta distância encontramos a famosa Cascata dos Anjos, a cascata que cai directamente na estrada. É provável que aqui encontre muitos carros estacionados e pessoas a refrescarem-se na estrada, literalmente. Não fosse este um local tão fotogénico! Aproveite também para dar uma lavagem gratuita ao carro.

Seguimos viagem até à Praia da Calheta, a única praia de areia na Madeira. Aqui provámos o que dizem ser o melhor bolo de mel, comprado na Sociedade dos Engenhos da Calheta!

A paragem seguinte foi no ponto mais ocidental da ilha, na Ponta do Pargo. A vista é soberba!

Numa arriba a 290 metros de altitude ergue-se o Farol da Ponta do Pargo que alberga uma pequena exposição de mapas e fotografias que relatam a história dos faróis em cada ilha do arquipélago da Madeira.

Continuámos a nossa viagem até um local não tão turístico, mas que nos apaixonou. Numa curta caminhada (ir e vir são cerca de 1,2 km) chegámos ao Miradouro da Garganta Funda. Aqui poderá avistar a soberba Cascata da Garganta Funda, uma das cascatas mais impressionantes da Madeira com 140 metros de altura. Surreal!

Madeira 5
créditos: Viver o Mundo

A tarde já ia longa e tínhamos de tomar uma decisão em relação ao próximo destino: ou íamos às Achadas da Cruz ou às Piscinas de Porto Moniz. Optámos então por conhecer o Miradouro de Achadas da Cruz, o local onde se faz a transição entre a costa norte e sul da Madeira.

Neste miradouro encontramos o Teleférico da Achadas da Cruz que faz a ligação entre este local e a praia. Como ainda não tínhamos andado de teleférico na Madeira e haviam falado tão bem do local, decidimos ir até lá abaixo. Que estreia… Os teleféricos seguem numa descida vertiginosa de 450 metros com uma taxa de inclinação de 98%. Para quem sofre de vertigens pode não ser uma viagem agradável! O bilhete custa 3€ (ida e volta) e crianças até 10 anos não pagam.

Não vamos negar que a viagem de teleférico nos deixou nervosos, mas compensou (e muito)! Pode não ter muito que ver ou fazer, mas está um cenário apaixonante à sua espera. Confie em nós!

Vocês sabem que a teimosia é um dos nossos maiores defeitos. Assim sendo, decidimos ir na mesma até às Piscinas de Porto Moniz. Mesmo tendo a indicação que fechariam às 19h, decidimos ir até lá, nem que fosse só para ver como eram. Chegámos lá eram 18h50 e já não tínhamos muita esperança de conseguir entrar. Eis o nosso espanto quando na bilheteira nos disseram que poderíamos entrar sim, e se esperássemos até às 19h já não era preciso comprar bilhete (1,5€ por pessoa), no entanto os balneários já estariam fechados.
Não sabemos dizer se é sempre assim, se as piscinas estão sempre abertas, ou se foi só nesta altura do COVID. Não fazemos a menor ideia, mas aproveitámos, claro!

À sua espera estão piscinas naturais, formadas pela lava vulcânica e onde o mar entra, criando um complexo que pode ser desfrutado por toda a família. Mas como não há bela sem senão, prepare-se que a água é fria! Ainda assim, todo o complexo é muito aprazível!

O sol estava a pôr-se e era hora de regressar a casa. Optámos por jantar no caminho, no Restaurante O Virgílio, localizado em São Vicente. Foi aqui que provámos o delicioso filete de espada com banana e ainda o prego no caco. Só temos a dizer maravilhas!

O que não pode perder no quarto dia de visita à Madeira:

  • Promenade do Lido
  • Câmara de Lobos
  • Miradouro do Cabo Girão
  • Miradouro da Fajã dos Padres
  • Ribeira Brava
  • Ponta do Sol
  • Cascata dos Anjos
  • Praia da Calheta
  • Farol da Ponta do Pargo
  • Miradouro da Garganta Funda
  • Achadas da Cruz
  • Piscinas de Porto Moniz

Roteiro Madeira – Dia 5

Acordámos cedinho neste que seria o último dia de viagem na Madeira. Tínhamos voo às 17h, pelo que ainda deu para aproveitar parte do dia!

Apanhámos o autocarro nº20 perto do nosso alojamento em direcção ao Monte. E porquê ir de autocarro se tínhamos alugado carro? Pois bem, nós queríamos descer as empinadas ruas nos famosos Carreiros do Monte. Como tal, não fazia sentido levar carro para depois ter de subir tudo novamente a pé. Assim sendo restavam-nos três opções para subir até ao Monte: a pé, de teleférico ou de autocarro. A pé era impensável, já que o percurso é sempre a subir e demoraríamos imenso tempo. Por norma, as pessoas sobem de teleférico e descem nos cestos, mas nós achámos o preço do teleférico um absurdo (11€/pessoa).

Então, escolhemos a opção mais barata e que fazia mais sentido para nós: de autocarro. O bilhete custou 1,95€ por pessoa, directamente ao motorista. A viagem durou cerca de 25 minutos e não tem muito que enganar, é só sair na última paragem. Esta dica vale ouro! Veja aqui o horário dos autocarros.

Assim sendo, a primeira paragem do dia foi para conhecer o Jardim Tropical do Monte Palace. O Monte Palace é enorme e pode ser dividido em duas categorias, por assim dizer: o jardim e o museu.

Jardim Tropical do Monte Palace
créditos: Viver o Mundo

O jardim alberga uma abundante colecção de plantas exóticas, provenientes dos quatro cantos do Mundo, bem como algumas aves e peixes.

Existem ainda dois jardins orientais com vista a recriar a cultura ligada ao Budismo, com o seu respeito pela Natureza e os seus elementos simbólicos bastante demarcados. Ali podemos encontrar vários pagodes, esculturas Budistas e outros traços orientais. A sensação que viajámos para Ásia é inevitável!

O museu conta com três galerias. Duas estão contempladas com esculturas intituladas de “Paixão Africana” e “Segredos da Mãe Natureza”, sendo que a outra alberga uma colecção de minerais. Esta última foi a que gostámos mais!

Uma outra particularidade do jardim é a existência de uma grande colecção de painéis de azulejos colocados ao longo dos passeios. Os exemplares em exibição são representativos das decorações usadas em várias épocas da nossa história.

Existe ainda uma lagoa que é o lar de cisnes e patos, onde cai uma cascata artificial. Ali os visitantes podem sentar-se com eles e partilhar uns momentos de tranquilidade.

No final da visita, todos são convidados a provar vinho da Madeira. A visita ao Jardim Tropical do Monte Palace tem um custo de 12,50€, sendo que para crianças com menos de 15 anos a entrada é gratuita. Veja aqui os horários actualizados. Apesar de acharmos o bilhete caro, vale a pena. É de facto lindíssimo! Foram duas horas muito bem passadas!

Chegara então a hora de nos aventurarmos nos famosos Carreiros do Monte. Os carrinhos do Monte converteram-se numa das maiores atracções turísticas da ilha. Outrora utilizados pelos habitantes como um meio de transporte veloz entre o Monte e a cidade do Funchal, hoje fazem as delícias dos turistas.

Os carros são conduzidos por dois homens vestidos a rigor com o característico traje branco e chapéu de palha, e realizam um percurso de 2km em cerca de 10 minutos. O percurso inicia-se no Monte, junto à Igreja de Nossa Senhora do Monte e termina no Livramento. Os carrinhos podem atingir uma velocidade de 30 km/h e a emoção está garantida! Veja os vídeos nos destaques do nosso instagram @blog.viveromundo

Os preços são: uma pessoa – 25€, duas pessoas – 30€, três pessoas – 45€. É caro? Nós achamos que sim. Foram 30€ para dez minutos. Mas valeu pela experiência, a fazer uma vez na vida!
Os carrinhos não descem até ao centro do Funchal, param no Livramento. No final do percurso, encontram-se táxis (caríssimos) para levarem os turistas. No entanto, nós optámos por ir a pé até ao nosso alojamento.

Aí já tínhamos o nosso carro e fomos conhecer a zona centro do Funchal. Começámos então pelo vibrante e colorido Mercado dos Lavradores.  Ali irá encontrar peixe, carne, frutas, legumes, flores e frutas exóticas. Nalgumas bancas é possível provar as frutas exóticas que estão expostas de forma irrepreensível. No entanto, são bem caras!

De seguida partimos à descoberta do riquíssimo património do centro histórico. Passámos pela Praça do Município, pela Sé do Funchal, pela Avenida Arriaga, Palácio de São Lourenço e acabámos na Avenida do Mar.

Mesmo antes de irmos para o aeroporto, fomos “obrigados” a conhecer o Bar Os Castrinhos. Tanto nos recomendaram, que era impossível ir embora sem passar por lá. Ah, e não nos arrependemos! Bebemos uma deliciosa poncha de maracujá e uma Nikita para a despedida. Agora sim, estávamos prontos para regressar a casa!

O que não pode perder no terceiro dia de visita à Madeira:

  • Jardim Tropical do Monte Palace
  • Carreiros do Monte
  • Mercado dos Lavradores
  • Praça do Município
  • Sé do Funchal
  • Avenida Arriaga
  • Palácio de São Lourenço
  • Avenida do Mar
  • Bar Os Castrinhos

Agora que já tem uma ideia do que fazer na Madeira, aproveite esta Pérola do Atlântico! Nós voltámos já!

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Artigo originalmente publicado no blogue Viver o Mundo