O evento, que abre as portas em setembro a cerca de 70 locais de referência da arquitetura da capital, é organizado pela Trienal de Arquitetura de Lisboa desde 2012, em parceria com a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), desde 2015, atraindo milhares de visitantes.
Questionada pela agência Lusa sobre o impacto do movimento crescente de turismo na capital, Rita Almada Negreiros sustentou: "A proteção do património e a defesa dos nossos valores é fundamental para não perdermos a nossa alma", como cidade.
Rita Almada Negreiros e a irmã, Catarina Almada Negreiros, foram convidadas pela Trienal para comissariar a edição deste ano do Open House, e vão fazer a seleção dos edifícios a visitar.
Teatros, igrejas, museus, casas privadas, escolas, palácios e alguns espaços habitualmente fechados ao público são abertos durante o Open House, alguns deles de forma excecional, para as visitas livres ou guiadas por especialistas.
"Queremos fazer uma sensibilização da população para defender a sua cidade, apontando os bons exemplos que nela existem", acrescentou Rita Almada Negreiros, enquanto a irmã, Catarina, referiu que o convite obrigou a olhar profundamente para a cidade.
"Vamos fazer um autorretrato otimista de Lisboa, mas sem deixar de apontar no roteiro os tesouros que não gostaríamos que fossem efémeros", disse Catarina Almada Negreiros sobre como vão pautar a escolha dos espaços.
No início de setembro será anunciada a lista completa dos edifícios que o público vai poder visitar no fim de semana de 23 e 24 desse mês, com entrada gratuita.
O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), o Museu dos Coches, o Convento das Bernardas/Museu da Marioneta e o Atelier-Museu Júlio Pomar são alguns dos espaços já escolhidos para a próxima edição do evento, que, no ano passado, recebeu 18 mil visitantes.
A iniciativa foi lançada em Londres, em 1992, pela arquiteta e curadora britânica Victoria Thornton, e já passou por cidades como Oslo, Nova Iorque, Roma, Helsínquia, Praga e Buenos Aires.
Fonte: Lusa
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