Há muitas referências ao amor de D. Pedro com D. Inês e a principal é o Jardim Quinta das Lágrimas com as fontes imortalizadas por Luís de Camões.

Relativamente próximo podemos passear pela ponte pedonal Inês e Pedro, o conjunto escultórico Sob o Signo de Inês, próximo do Jardim da Quinta das Lágrimas, o Mosteiro de Santa Clara a Velha que é marcado pela presença da rainha Santa Isabel e também pela D. Inês onde recebia os bilhetes enviados por D. Pedro.

Jardim Quinta das Lágrimas
créditos: Andarilho

O epicentro é o Jardim da Quinta das Lágrimas. Duas simples fontes. A dos Amores, local de encontros apaixonados e discretos entre D. Pedro e D. Inês e a Fonte das Lágrimas, a representação da morte de Inês ao ser assassinada em 7 de Janeiro de 1335.

Jardim Quinta das Lágrimas
créditos: Andarilho

As lágrimas da sua morte são eternas no vermelho das algas que estão na fonte que Camões batizou nos Lusíadas, “as lágrimas são água e o nome amores”.

O lugar é mais sombrio. Diz Cláudia do Vale, responsável pelo Jardim da Quinta das Lágrimas que “na Fonte das Lágrimas estão as marcas que atiçam a imaginação dos poetas e cronistas e fazem nascer a lenda da morte”.

Jardim Quinta das Lágrimas
A Fonte das Lágrimas créditos: Andarilho

De facto, estão lá as algas e a fonte tem a forma de cruz, como sinal do local de morte.

A Fonte dos Amores destaca-se pelo arco neo-gótico.

Jardim Quinta das Lágrimas
créditos: Andarilho

“O enquadramento com o pórtico e, do outro lado, a figueira da Austrália ajudam a compor o cenário e enriquecem a fotografia. A Fonte das Lágrimas é mais discreta mas é aí que está a tragédia.”

Em poucos metros, num ambiente romântico e escondido da cidade, temos os dois grandes momentos da lenda: o amor e a tragédia. “A Fonte dos Amores é um palco de elementos felizes e apaixonados de D. Pedro e D. Inês e a Fonte das Lágrimas é o local da morte.”

Jardim Quinta das Lágrimas
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O espaço também é muito interessante do ponto de vista botânico. É igualmente um filme no tempo do jardim. A Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas do século XVI, e a enorme figueira da Austrália.

Jardim Quinta das Lágrimas
Figueira da Austrália créditos: Andarilho

As sequóias, plantadas pelo Duque de Wellington, fazem parte de um passado mais recente.

Jardim Quinta das Lágrimas
Anfiteatro na Colina Camões créditos: Andarilho

A contemporaneidade é marcada pelo anfiteatro na Colina Camões da arquiteta paisagista Cristina Castelo Branco.

Jardim Quinta das Lágrimas
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Muitos destes elementos podem ser observados junto das duas fontes porque temos uma vista panorâmica.

Os jardins têm quase 18 hectares. O património botânico é assinalável e pontua o percurso dos visitantes.

Jardim Quinta das Lágrimas
Sequóias de Wellington créditos: Andarilho

Além da figueira da Austrália e das sequóias de Wellington temos dois jardins. Um romântico, do século XIV, e uma réplica de um jardim medieval da autoria da arquiteta Cristina Castelo Branco.

Jardim Quinta das Lágrimas
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Uma outra particularidade dos Jardins é a riqueza em água. “Está praticamente em todo o lado. Por outro lado, foi a água que ditou a história deste local porque a Rainha Santa Isabel construiu o Cano dos Amores para levar água daqui até ao Mosteiro de Santa Clara a Velha e foi onde começou a história do romance dentre D. Pedro e D. Inês.”

Jardim Quinta das Lágrimas
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Os jardins podem ser visitados como também a mata que fica um pouco mais acima e onde há um miradouro para a Universidade de Coimbra.

Jardim Quinta das Lágrimas
Sob o Signo de Inês créditos: Andarilho

O passeio fica completo com a visita ao Mosteiro de Santa Clara a Velha, ao conjunto de cinco esculturas designado Sob o Signo de Inês, na Rotunda das Lajes e a travessia no Mondego pela ponte pedonal Pedro e Inês.

Jardim Quinta das Lágrimas
créditos: Andarilho

A passagem entre as duas margens oferece perspetivas únicas da cidade e do rio Mondego.

Jardim Quinta das Lágrimas
créditos: Andarilho

Pedro e Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.