O Pego da Rainha está escondido num vale profundo, de escarpas de granito e cheio de árvores. Situa-se próximo da aldeia de Zimbreira no concelho de Mação.
A cascata tem 3 a 4 metros de altura. A água surge entre as rochas, protegida pelas sombras de árvores altas. Ganha luz, força e sonoridade quando se despenha numa piscina natural.
“É grande, espaçosa e silenciosa. Só se ouve o barulho da água e dos pássaros. A água é fria mas é belíssima. Para a altura do ano (verão) é excelente. A água está sempre a correr.” A descrição é de João Bagorro que acrescenta o recanto, antes da queda de água, com muitas árvores, “áreas com água mais pequenas, com sombra. Há também mesas para refeições e para se poder estar a descansar e aproveitar o dia.”
Para sentir a força da cascata, tomar banho em dias de calor e ter uma perceção de conjunto, o melhor local é junto ao caminho de acesso. A primeira imagem torna-se definitiva na nossa memória. Um enquadramento absolutamente natural com o lago e a queda de água.
João Bagorro estava pela primeira vez no Pego da Rainha. “Sou de Portalegre, temos também algumas quedas de água que são conhecidas, mais pequenas, e na conversa entre amigos falaram-me desta aqui. Já que está tão perto há que aproveitar e desfrutar disto.”
O grupo de João Bagorro ficou na parte de cima, nas sombras junto ao curso da ribeira da Zimbreira, antes da cascata.
Outros visitantes preferem ficar junto da piscina natural onde há rochedos a fazer de praia para se estender a toalha.
A piscina natural chega a ter dois metros de profundidade e depois a água corre calmamente pelo vale e, cerca de um quilómetro mais à frente, junta-se ao rio Ocreza.
Podemos ver o grande rio do alto dos montes. A vista compensa o esforço, mas o mais interessante é acompanhar o voo de grifos que têm os ninhos nas enormes encostas escarpadas.
Por vezes ficam relativamente próximos de nós, numa postura de vigia e defesa do lugar da rainha. “Quando chegámos estavam aqui três ou quatro. Possivelmente ainda havia mais alguns e frequentemente vemo-los voar por cima de nós. Tudo isto é aconselhável para se desfrutar a natureza que nos envolve.”
Há um estradão que contorna alguns dos montes e um deles leva-nos a outro lugar interessante – a barragem da Pracana.
É um espelho de água grande, mas o mais interessante é a natureza envolvente. Há pequenas casas abandonadas, algumas associadas à atividade da barragem, mas quase tudo o que nos rodeia tem um ambiente selvagem. Quem gosta de caminhadas tem dois circuitos rupestres e no Museu de Arte Pré-histórica e do Sagrado no Vale do Tejo em Mação, encontra informação detalhada sobre o património que se pode ver.
O nobre e belo Pego da Rainha faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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