Desde 22 de Setembro de 2019 que a nova barca faz a travessia do Tejo entre Envendos, no concelho de Mação e a Amieira do Tejo, no concelho de Nisa. O horário é regular e tem um intervalo no inverno.

Barca da Amieira
créditos: andarilho.pt

A travessia foi agora retomada e, habitualmente, a passagem é rápida porque o leito do rio não é muito largo. “Uma média de três minutos. Para passar bem, é assim, o rio quase parado. Se a barragem começar a turbinar eu já não posso passar.

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Com mais de 450 metros cúbicos por segundo já não se pode fazer a travessia. A barragem está a cerca de cinco quilómetros e o caudal do rio fica muito forte. É impossível fazer a travessia do rio nessas condições.”

As barragens, nomeadamente a do Fratel que está um pouco antes, controlam o temperamento do rio que por vezes revela uma fúria enorme, como quando mandou o antigo batelão de ferro para a a encosta, algumas dezenas de metros acima do leito do rio.

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A antiga barca arrastada pelo Tejo para um encosta créditos: andarilho.pt

A travessia poupa imenso tempo para quem circula entre os concelhos de Nisa e Mação.

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No passado era muito útil para a população da Amieira que ia apanhar o comboio da linha da Beira Baixa na estação Barca d’Amieira – Envendos, que fica numa das margens do Tejo.

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A travessia poupa imenso tempo para quem circula entre os concelhos de Nisa e Mação. O comboio regional continua a parar mas a preferência vai para as deslocações de carro.

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DCIM\100MEDIA\DJI_0193.JPG créditos: andarilho.pt

Quem vive na Amieira e quer viajar na A23 tem de percorrer 23 quilómetros. Utilizando a barca, reduz para meia dúzia de quilómetros. “Um carro e 5 pessoas de cada vez. Se for só pessoas a lotação máxima é de 19.”

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Castelo da Amieira visto da estrada de acesso à estação ferroviaria Envendos/Barca da Amieira créditos: andarilho.pt

Outro tipo de utilização é para quem quer fazer um passeio até à Amieira e visitar o bonito castelo. Outra possibilidade é seguir os muros de sirga, ao lado do rio. Foram utilizados durante centenas de anos para ajudar à navegação.

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O novo percurso, intitulado Trilho da Barca d’Amieira, tem um passadiço até ao Fratel e integra o Trilhos de Jans. Junto à Barragem do Fratel está previsto um miradouro em vidro junto à Barragem do Fratel e uma ponte pedonal sob a Ribeira do Figueiró. Para este percurso o cais da Barca d’Amieira é um bom ponto de partida.

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No primeiro ano de atividade com a nova barca Agostinho Matos registou a presença de “muita gente de fora que vem aqui passar o dia. Tem uma paisagem bonita. Isto é uma coisa espetacular. Há muita gente que não conhece, mas isto tem umas paisagens que é uma maravilha. Além disso, temos o passadiço e o caminho em pedra que vai em volta do rio.”

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Alguns dos visitantes são estrangeiros, “espanhóis, ingleses, holandeses, tem aparecido gente de vários países e gostam muito. Ficam muito contentes com isto. Toda a gente diz que isto é um sítio espetacular, maravilhoso.”

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Como refere Agostinho Matos, a paisagem é muito bonita. O vale é profundo. De um lado tem o caminho de ferro. Do outro lado é a encosta da Amieira. O rio e o ambiente bucólico, com animais a pastar e muitas aves refugiadas em pequenas ilhotas, complementam o cenário.

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“Ali no meio do rio tem passarada com fartura. Deve haver mais de 500 patos. Há alturas em que aquilo está cheio de patos bravos.” O ambiente rural é reforçado com animais que andam a pastar. “As ovelhas costumam andar lá mais abaixo, mas há erva verde aqui e elas aproveitam”. Aqui encontra informação sobre horário da Barca da Amieira.

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O auto da Barca da Amieira que nos leva para novos trilhos ao lado do Tejo faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui