Espreitamos do gradeamento metálico e só vemos ossos.
Por vezes, costuma estar um Cristo crucificado, mas na minha visita nem isso. Apenas uma série de crânios alinhados que desenham o altar.
A entrada na Capela dos Ossos de Alcantarilha é por uma porta com arco perfeito, tem um frontão e a capela fica no extremo sul da igreja de Nossa Senhora da Conceição.
A construção é do século XVI. Quando da minha visita não havia mais pessoas. Do outro lado da estrada principal é que encontrei mais gente, na Sociedade Recreativa Alcantarilhense onde costumam perguntar pela localização da capela dos ossos.
Conta Joaquim Neto que quando atravessa o largo do Ossário não perde muito tempo. “Passamos por ela e preferimos não espreitar para dentro da capela dos ossos”.
Os locais ficam no largo, na conversa nos bancos de madeira ou, alguns, vão para a Sociedade Recreativa que tem 85 anos e é hoje local de convívio.
“Ao fim de semana costuma estar cheia. Tem mais clientes que a capela dos ossos. Enquanto não vão para a última morada preferem vir para aqui.”
Na altura estavam a testar os sinos da igreja. “Os sinos estiveram a arranjar. A parte de madeira estava velha e com o risco de cair.”
Os sinos estão num campanário muito alto colado à igreja que merece também uma visita.
O interior é de três naves, com teto de madeira. Mistura arte sacra barroca e de estilo manuelino. Destaca-se a capela-mor e também o batistério num nicho com azulejos.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Capela dos Ossos de Alcantarilha – “passamos por ela e preferimos não espreitar” faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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