Explicaram-me em pormenor a metodologia para fazer oscilar o Penedo C’abana:
“Coloca um pau e depois é só empurrar o penedo. Ele mexe o pau sozinho.
Não precisa de muita força. É só jeito. Eu já abanei várias vezes. Há muitos anos que tenho ido lá.”
Eu não tive grande jeito porque o pau não me pareceu abanar, nem o penedo com os seus três metros de altura e quatro de comprimento.
Talvez não tenho colocado bem o pau entre o penedo e a laje onde assenta, como explicou Carlos Manuel, “coloca o pau de lado. Depois vê o penedo a mexer. É uma relíquia que temos lá.”
Na verdade, nas duas vezes que visitei o Penedo C’abana estava um ramo estreito colocado a laje o bloco granítico. Como se estivesse a fazer de cunha ao bloco granítico que deve pesar várias toneladas.
Na segunda visita, um grupo de pessoas tentou várias vezes, mas parece que também não seguiram a metodologia correta. O acesso é fácil e está cuidado pela Junta de Freguesia de Póvoa de Midões.
Prepararam o caminho em terra batida, acrescentaram pequenos trilhos e até colocaram suportes de telemóveis para quem queira tirar fotografias.
O cenário não é apenas os rochedos. Tem uma vista magnífica para o Mondego.
A laje granítica é um excelente miradouro natural. Fica num ponto alto e a vista alcança uma grande extensão do Mondego rodeado de largas encostas.
Não se estranhe, por isso, que seja muito procurado em particular ao pôr do sol
O Penedo C’abana está classificado como Imóvel de Interesse Público e não fica longe de outro miradouro no concelho de Tábua, o da Pedra da Sé.
Está também num afloramento rochoso e tem igualmente vista para o Mondego.
A "relíquia” do Penedo C'abana e de um dos mais bonitos miradouros do Mondego faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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