É um lugar de culto com linhas simples, uma forma discreta e com pouco volume.
O formato em cubo está associado a um lugar de contemplação e utilizaram na construção materiais tradicionais (aqui pode ver mais informação sobre a arquitectura da capela).
A capela está no fim da rua principal, num pequeno largo e gera sensações muito diferentes. Há quem elogie e outros manifestam estranheza. Seja qual for a reação, é de facto uma capela única e que cumpriu a vontade do povo de construir ali um templo religioso conforme nos testemunhou um dos pouco residentes.
Os habitantes da aldeia organizaram festas e conseguiram reunir algum dinheiro para lançar o projeto. Com a ajuda da Junta de Freguesia da Amieira do Tejo e da Câmara de Nisa cumpriram o objetivo em 2007.
No entanto, Vila Flor tem sofrida uma violenta desertificação. Nesta altura vivem apenas três famílias. É uma povoação antiga, anterior à Amieira do Tejo, nunca teve muita população mas, segundo um habitante que foi meu interlocutor, há alguns anos atrás viviam aqui mais de 30 casais.
O fogo destruiu os campos em redor da aldeia e muitas casas estão em ruínas.
No caminho da Amieira para Vila Flor destaca-se um bonito fontanário e depois a vista para a pequena aldeia cujo envolvência voltará aos tons verdes após as chuvas e o desaparecimento do negro das cinzas.
Como cada vez há menos gente, os gatos concentram-se em frente das casas onde moram pessoas gentis. Era o caso do meu interlocutor. Cerca de meia dúzia de gatos assistiam à nossa conversa com a esperança que terminasse depressa.
A capela ao cubo de Vila Flor faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui. A emissão deste episódio, A capela ao cubo de Vila Flor, pode ouvir aqui.
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