As luzes e a fumaça espessa que emana do vulcão Taal atraíram uma multidão de observadores, mas também fizeram com que milhares fugissem da sua fúria.
Veja cinco fatos sobre os vulcões, que geram espanto e medo.
Raios
As grandes erupções às vezes dão origem a uma exibição surpreendente de raios que iluminam as enormes nuvens de cinzas ao seu redor.
O fenómeno foi visto várias vezes acima do vulcão Taal. Mais tarde, os vídeos foram amplamente partilhados nas redes sociais.
É um fenómeno relativamente pouco comum e difícil de estudar, e os cientistas não concordam em como são produzidos ou por quê.
Uma das teorias afirma que as partículas colidem no caos da erupção e criam eletricidade estática, o que às vezes causa raios.
No entanto, Indriati Retno Paulpi, vulcanológo e geólogo, disse à AFP que os raios podem ser causados por cinzas que conteriam elementos químicos que reagiriam com os gases.
Tsunamis
Uma erupção violenta pode levar a uma perigosa sequência de ondas do mar, deslocando a água com o magma crescente ou uma avalanche de detritos, de acordo com o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs).
De fato, a erupção do Monte St. Helens em 1980, no estado de Washington (Estados Unidos), causou um tsunami de 235 metros, segundo o Centro Internacional de Informações sobre Tsunamis.
A grande onda foi desencadeada por um colapso parcial num flanco do vulcão e uma avalanche de detritos.
Um milhão de vulcões?
Cerca de 1.500 vulcões estarão potencialmente ativos em todo o mundo, muitos deles no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, onde placas tectónicas colidem em grande profundidade.
No entanto, cerca de 75% da atividade vulcânica da Terra ocorre debaixo de água. Erupções subaquáticas, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, são "um processo constante que molda a fisionomia do oceano".
Geólogos da Universidade Estadual do Oregon acreditam que deverão existir pelo menos um milhão dos chamados "vulcões subaquáticos".
Queda das temperaturas
A erupção do Monte Pinatubo, em 1991, cerca de 100 quilómetros a noroeste de Manila, foi a mais forte nos últimos anos nas Filipinas e causou mais de 800 mortos.
Além disso, a erupção teve um impacto global.
O Pinatubo expulsou cerca de 20 milhões de toneladas de dióxido de enxofre, que se espalharam pelo planeta.
"Essa nuvem de gás [...] fez com que as temperaturas globais caíssem temporariamente (entre 1991 e 1993) em torno de 0,5°C", de acordo com uma investigaçao realizada nos Estados Unidos.
Quando temperaturas mais baixas foram registadas, os gases e cinzas que emanavam do Pinatubo também causaram "alvoradas e crepúsculos brilhantes", segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos.
Vulcões violentos da Indonésia
A Indonésia está na área mais vulcânica do mundo.
Este arquipélago do sudeste asiático, formado por mais de 17.000 ilhas e ilhotas, abriga 130 vulcões ativos e está localizado no Anel de Fogo do Pacífico.
Em 1815, o Monte Tambora, na ilha de Sumbawa, causou uma das erupções mais violentas de que se tem informação. Estima-se que 12.000 pessoas morreram, enquanto a fome que se seguiu à erupção causou a morte de outras 80.000.
A ilha de Krakatoa foi praticamente apagada do mapa em 1883 por uma erupção vulcânica tão violenta que foi ouvida a 4.500 quilómetros de distância.
Cerca de 36.000 pessoas morreram na erupção e por causa do tsunami que ele causou. Em 1928, um novo vulcão surgiu no mesmo local.
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