Cresci a ver a cidade de Washington na televisão. Dia sim, dia não, lá aparecia a Casa Branca no pequeno ecrã. No cinema também era comum ver os corredores do Senado, do Supremo tribunal ou da Biblioteca do Congresso. Daí, na minha cabeça a cidade ser sinónimo de políticos e poder. Uma viagem até lá ajudou-me a descobrir que é verdade, mas também que esta grande cidade é bem mais do que isso.
Era primavera e o tempo estava magnifico, dias ensolarados, sem humidade, céus azuis e flores de cerejeira a despontar por todo o lado.
Comecei a explorar a cidade pelo seu coração: O National Mall!
O National Mall é uma das atrações mais emblemáticas de Washington, DC. É um lindo espaço verde que integra o Monumento a Washington, o Memorial dedicado aos veteranos do Vietname, o majestoso Lincoln Memorial e outros monumentos comemorativos.
Ir a Washington e não ver a Casa Branca é um pouco como “ir a Roma e não ver o Papa”, por isso lá cumpri a tradição e parei no 1600 Pennsylvania Avenue, para tirar a foto da praxe.
Lar dos Presidentes norte-americanos desde que John Adams se mudou para lá em 1800, a Casa Branca continua, até aos dias de hoje, a ser um símbolo nacional nos EUA.
Segui depois para o Capitólio e fui ver o Statuary Hall. Soube que se tivesse marcado com antecedência poderia até ter espreitado as galerias da Câmara e do Senado.
Visitei a Biblioteca do Congresso, uma das maiores bibliotecas do mundo. Com mais de 161 milhões de itens, incluindo quase 24 milhões de livros, essa enorme coleção está espalhada por três prédios próximos do Capitólio. O melhor de tudo: a entrada e as visitas guiadas são gratuitas.
Fiz questão de visitar mais uma biblioteca na cidade — a Biblioteca Folger Shakespeare, que fica a poucos quarteirões de distância do Congresso. A razão? Queria ver uma das maiores coleções de escritos do próprio poeta e dramaturgo inglês.
Almocei no Washington Harbor (Porto de Washington) e desfrutei de uma vista incrível do poderoso Potomac.
O Washington Harbour fica bem ao lado do Georgetown Waterfront Park, o local perfeito para fazer uma caminhada depois do almoço. Provei um cupcake do Georgetown Cupcake, as filas eram um pouco longas, mas a espera valeu a pena.
Numa tarde ensolarada visitei o Jardim Zoológico. Originalmente parte do programa de conservação do Smithsonian Institution, este zoo foi projetado por Frederick Law Olmsted (o mesmo paisagista que projetou o Central Park em Nova York) e atualmente abriga cerca de 300 animais diferentes, sendo os mais famosos os pandas gigantes.
Descobri que o National Harbor é outro local excelente para passear, almoçar ou jantar. Aqui acontecem todo o tipo de eventos interessantes, como mercados, espetáculos e filmes ao ar livre. Não faltam também bons restaurantes e lojas.
A Mass Avenue é um dos endereços mais sofisticados de Washington e as suas mansões — agora embaixadas — começaram por pertencer a milionários, o que na altura lhe valeu a alcunha de Milionairs Row (Fila dos Milionários). Durante a Grande Depressão, porém, os proprietários não conseguiram mantê-las e tiveram de as vender, dando origem à Embassy Row (Fila das Embaixadas).
Atualmente, existem cerca de 175 embaixadas diferentes ao longo do trecho de três quilómetros que vai do Scott Circle até ao Observatório Naval.
Apanhei também o elétrico de King Street, rua reconhecida nacionalmente como uma das "Great Streets" da América, e passeei pela charmosa Cidade Velha de Alexandria (Old Town Alexandria), onde George Washington viveu. A cidade velha é encantadora e tem restaurantes, museus, lojas e galerias.
Terminei jantando à beira da água e apreciando as vistas deslumbrantes dos monumentos da capital de Washington refletidas no Rio Potomac.
Gostei igualmente de visitar a Union Station. Concluída em 1907 como um dos principais terminais ferroviários da nação americana, esta estrutura bem preservada ainda hoje serve como um centro de transporte, mas é muito mais do que isso. É um espaço deslumbrante do ponto de vista arquitetónico e está repleto de lojas, restaurantes e espaços aconchegantes onde podemos saborear sossegados uma chávena de café e um bolinho.
Nomeada a cidade gastronómica do ano pela revista "Bon Appetit", Washington tem nos restaurantes outra das suas atrações. Lugares como Kyirisan, que serve pratos de fusão franco-chinesa; o The Dabney, com cozinha atlântica ; o Thip Khao, com os seus sabores picantes do Laos e o Tail Up Goat, com estrela Michelin, são bons exemplos do que melhor se faz a nível gastronómico na cidade.
Washington não é uma cidade de festas de fim de noite, mas é definitivamente uma cidade onde reina a happy hour! Experimentei e recomendo o Ghibellina para pizzas e cervejas e o Truxton Inn para cocktails!
É fácil conhecer Washington a pé e foi precisamente assim que visitei os seus melhores museus, como o Smithsonian Museu Nacional do Ar e do Espaço, e o Museu Smithsonian de História Natural. Na verdade, não há nada parecido com o Smithsonian Institution — uma coleção de 19 gigantescos museus recheados de artefactos, muitos alinhados em fila ao longo do Mall. O Museu Nacional do Ar e do Espaço, o Museu Nacional de História Natural, o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, o Centro Reynolds de Arte Americana e Retratos — estão todos aqui e são todos gratuitos.
Washington é também uma montra das artes americanas e sede de locais de prestígio como o National Theatre, o Kennedy Center e o Folger Theatre.
Existem muitas razões para visitar Washington *, mas a TAP dá-lhe mais uma. Aproveite a nova rota para este destino e os voos diretos a partir de Lisboa e marque o seu voo. É uma cidade que vale realmente a pena conhecer!
Texto: Ana Maria Barreto - The Travellight World
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