Alexander Khimushin é um etno-fotógrafo nómada, ou seja, a sua paixão é viajar pelo mundo à busca da diversidade étnica. O artista, que nasceu em Yakutia, a região mais fria do mundo e uma das mais isoladas regiões da Sibéria, esteve na estrada nos últimos nove anos da sua vida, tendo visitado 85 países. O resultado? Um projeto maravilhoso chamado The World in Faces.

Alexander Khimushin viaja sempre sozinho, optando pelos destinos mais remotos e inacessíveis do mundo. O autor acredita que visitar grupos étnicos indígenas que vivem nestes lugares, aprendendo sobre as suas culturas, tem sido a experiência mais inspiradora da sua vida.

O The World in Faces pretende documentar, através de retratos fotográficos artísticos, pessoas de todas as etnias do mundo com roupas tradicionais e de forma espontânea.

“Existem mais de dez mil etnias diferentes no mundo, cada uma delas é única e merece o mesmo respeito e reconhecimento que todas as outras. No entanto, devido à rápida globalização, à destruição do ambiente tradicional, aos conflitos raciais e religiosos, muitos grupos étnicos minoritários, em proporções catastróficas, estão a caminhar para à extinção, tais como as suas línguas e tradições ancestrais. É fundamental não deixar desaparecer”, diz o autor do projeto.

Alexander Khimushin na Mongólia
Alexander Khimushin na Mongólia créditos: Alexander Khimushin / The World In Faces
"A diversidade que há no mundo não é motivo para nos odiarmos. Muito pelo contrário, devemos admirar e respeitar isso" - Alexander Khimushin

Em 2018, Alexander Khimushin foi convidado, ao lado de grandes nomes da fotografia como Steve McCurry, a fazer uma parceria com a Organização dos Direitos Humanos da ONU para preparar o 70º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, participando da campanha #StandUp4HumanRighs. Aliás, é devido à sua próxima exposição na sede da ONU, em Nova Iorque, que o autor não teve tempo para falar com o Volto JÁ, ficando desde já a promessa de uma conversa brevemente.