Confesso que até ser nomeada Cidade Europeia da Cultura, em 2017, pouco conhecia de Paphos e do Chipre em geral, assim, quando fui para lá, não tinha nenhuma ideia sobre o que poderia encontrar.
Descobri que o Chipre é um destino calmo, com sol quase todo o ano, perfeito para uma escapadinha romântica ou uns dias relaxados de férias.
Paphos especificamente não tem milhares de coisas para fazer, mas para os amantes da natureza tem praias e belas paisagens. tem uma linha costeira linda que podemos percorrer a pé ou de bicicleta. Tem bons hotéis e fantásticos monumentos arqueológicos para explorar.
Podem começar por visitar o Parque arqueológico e explorar os Túmulos dos Reis.
Sigam depois para o porto de Paphos - o mais antigo porto do país - e visitem o seu Forte Medieval. Este forte bizantino foi originalmente construído para proteger o porto mas depois foi desmantelado pelos venezianos e novamente reconstruído pelos otomanos. É uma peça arquitetónica interessante.
O porto tem artistas de rua a vender as suas criações, lojas de souvenirs e muitos cafés e restaurantes onde podem almoçar ou jantar. Eu recomendo o restaurante Harbour Café, serve uma mussaka deliciosa.
Do porto partem também muitos tours que levam os turistas a passear de barco para descobrir a costa de Paphos e suas grutas e baías de água cristalina.
Existem alguns restos decentemente preservados do período romano de Paphos espalhados perto da área do porto, todos datam do século II. O Odeon, um pequeno teatro, ainda hoje é usado para festivais de música de verão.
Quem não passa sem fazer uma ida às compras pode ir ao Kings Avenue Mall, o maior centro comercial de Paphos.
Ainda na cidade, não deixem de visitar a Basílica de Hrysopolitissa e o Pilar de São Paulo.
Esta extensa ruína pertence àquela que foi a maior basílica bizantina de Paphos, e as colunas dispersas e os mosaicos que sobreviveram ao tempo são testemunho da sua grandeza há muito desaparecida.
Datada do século IV - o auge do poder bizantino em Chipre - foi destruída em 653 d.C, durante os ataques árabes à ilha.
No extremo oriental do local está a Igreja Ayia Kyriaki, que ainda hoje é usada para serviços católicos e anglicanos.
Na extremidade ocidental do local, fica a coluna de São Paulo, onde se acredita que o santo foi preso e chicoteado por pregar o Cristianismo. Conta-se que, depois disso, São Paulo conseguiu converter o governador ao cristianismo fazendo de Chipre um dos primeiros estados cristãos do mundo.
E depois da história vamos à praia.
Aqui destaco Coral Bay - uma das melhores praias de Paphos mas também a mais movimentada. Para os que gostam de paz, sossego e praias mais vazias sugiro Kissonerga Bay (a cerca de oito km da cidade) e a praia de Lara (26 quilómetros ao norte).
Quem gosta de natureza não deve deixar de visitar o Parque Nacional da Península de Akamas, lar de uma flora e fauna incrivelmente diversificada e um dos melhores lugares para fazer caminhadas na ilha.
Nos arredores da cidade podemos visitar as montanhas de Troodos, dar um passeio de burro, visitar o Mosteiro de Kikkos e parar na aldeia de Pera Pedi conhecida pela sua produção de vinho para provar Commandaria (vinho tinto doce).
Outra aldeia interessante nos arredores de Paphos é Letymbou, onde podemos visitar a “Casa Sophia” onde aprendemos como se faz pão e outras iguarias locais, como o queijo tradicional halloumi.
Por fim, quem viaja com crianças não pode perder o Paphoszoo e o Aphrodite Waterpark.
A melhor maneira de nos deslocarmos em Paphos, se não quisermos alugar um automóvel, é de autocarro. Os autocarros são confortáveis, passam com bastante regularidade e não são caros.
Devo dizer que não achei o Chipre um destino caro, o IVA na restauração é de 9%, por isso, a alimentação fica muito em conta e a maioria das atrações são gratuitas ou cobram entradas muito baixas. Quanto à estadia, existem várias opções a variadíssimos preços, desde os mais baratos Airbnb até aos hotéis cinco estrelas, obviamente mais caros.
Para chegar a Paphos a partir de Lisboa, podem viajar com a Ryanair, via Londres (pode ser via Roma também). Como a Ryanair não vende passagens multi-destinos têm de comprar dois bilhetes: um bilhete Lisboa/Londres/Lisboa e outro Londres/Paphos/Londres.
As viagens via Londres, se marcadas com antecedência, ficam baratas (cerca de 195,00 € por pessoa no total) mas no regresso têm de ficar uma noite em Londres porque, à hora que o voo chega de Paphos, já não se consegue um voo para Lisboa. Isto encarece um pouco o custo. Em todo o caso, Paphos é um bom destino para combinar com uma visita à capital inglesa.
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