O imaginário começa na fila do check-in quando nos entregam postais dos anos 70 e um certificado de como vai ser um Viajante no Tempo. É assim que os passageiros sabem que este voo vai ser diferente dos demais. Durante todo este ano, a TAP teve várias acções que recriaram o ambiente dos anos 70 nos aviões em várias rotas. O de Recife foi o último deste ano e eu fui convidada para viver esta aventura.
A 4 de dezembro de 2017, o retrojet da TAP cruzou o Atlântico, tendo Recife, a capital do estado de Pernambuco, no Brasil, como destino e levou dois convidados especiais a bordo: a embaixadora TAP e campeã olímpica Rosa Mota e o chef de cozinha Rui Paula, responsável por pratos servidos nas viagens de longo curso.
Este terá sido um voo ainda mais especial porque foi há 50 anos, mais precisamente a 19 de abril de 1967, que começou a operação da TAP entre Lisboa e Recife. O CS-TBA ‘Santa Cruz’, o primeiro Boeing 707 ao serviço da companhia, aterraria sete horas e 55 minutos após a descolagem, inaugurando uma operação que viria a ser ininterrupta entre a capital portuguesa e a capital pernambucana.
No meu voo, a caminho de Recife, os passageiros fizeram uma viagem ao passado, a bordo do Airbus A330 “Portugal”, pintado pela companhia com uma das suas anteriores imagens corporativas. A TAP recriou a atmosfera dos anos 70, com etiquetas de bagagem e bolsas para cartões de embarque retro, à chegada ao aeroporto e um diploma.
A bordo, a tripulação estava vestida com emblemáticas fardas da TAP, criadas pelo estilista francês Louis Féraud. Também Rosa Mota vestiu a pele de embaixadora e a sua farda amarela, com chapéu a condizer. Além disso, durante a viagem, a atleta fez o “jogo dos furos”, com os passageiros, oferecendo chocolates Regina. Quem se recorda do jogo? Foi um momento de muita nostalgia.
Nos lugares do avião, os passageiros tinham à sua espera a icónica bolsa da TAP dos anos 70 que, em Classe Executiva, tinha no interior um pijama, água-de-colónia Lavanda da Ach Brito, creme de mãos Benamôr e uma pasta dentífrica Couto.
Tambem as refeições recriaram fielmente o que se servia a bordo nos anos 70. Rui Paula, o Chef Michelin convidado para esta viagem, propôs um Bacalhau com Puré de Grão-de-bico, uma criação da sua autoria, incluída no projeto “Taste the Stars”. O já tradicional Bife do Lombo à Portuguesa foi a alternativa para os que preferiram carne.
Marcas como a Coca-Cola e a cerveja Sagres marcaram também presença a bordo, servidas em garrafas de vidro e com o rótulo dos anos 70. Um Porto Graham’s colheita de 1972 foi servido no fim da refeição, em Classe Executiva. Foi uma verdadeira viagem ao passado com a TAP. Os voos "retro" voltam em 2018.
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