Para além da fabulosa natureza, a Namíbia é marcada por zonas urbanas fortemente influenciadas pela cultura germânica e pela costa com marcas da passagem de navios portugueses.
"Dias Point" é um desses locais que os namibianos gostam de salientar quando falam da sua história e cultura.
Mais a norte, a 120 km de Swakopmund, há um outro padrão dos Descobrimentos também muito conhecido. Fica na Costa dos Esqueletos, o Cabo Cross, e o padrão foi deixado por Diogo Cão.
Aqui, o "Dias Point" é do navegador Bartolomeu Dias que colocou um padrão em Julho de 1488, quando regressava do Cabo da Boa Esperança, do sul de África e da passagem para o Índico.
A melhor base para ir a Dias Point é Luderitz (onde há um Diaz Coffee Shop).
De carro, o percurso faz-se em menos de uma hora, com algumas paragens para fotografias.
A distância é de 22 km e parte da viagem foi numa estrada de terra batida com o caminho bem sinalizado.
No percurso, vimos várias baías onde jovens praticavam desportos náuticos e aproveitavam o vento que é habitual nesta zona.
Em outros lugares havia pequenas salinas com sais de diversas colorações e brilho.
Dias Point é uma península, com uma área rochosa e tem uma lagoa.
Viam-se barcos meio abandonados próximos das dunas. O azul esmeralda da água contrastava com os amarelos intensos do areal.
O mais fotogénico era integrar na perspetiva o imenso colorido das plantas rasteiras que sobreviviam no areal.
Estavam no caminho da plataforma de madeira que nos ajuda a chegar ao topo do rochedo onde se destaca uma réplica do padrão colocado por Bartolomeu Dias.
A vista do alto é muito bonita, apesar do vento frio.
O monumento estava muito sujo, até se viam com dificuldade as inscrições.
Devido às correntes do Golfo de Benguela a água do mar é muito fria e aos nossos olhos deparava-se um outro cenário fantástico: um rochedo, no meio do mar, densamente povoado por focas.
Para retemperar energias e a temperatura do corpo, a melhor sugestão estava mesmo ali ao lado, no meio do deserto: o café Dias Point que tem ainda a particularidade de ter alojamento num dos barcos. O café deve ter os turistas como clientela exclusiva porque nada mais havia na península.
Comentários