Ruas com casas coloridas e a descer em direção ao mar. Casas de dois a três pisos e algumas com tetos de metal para impedir a infiltração do vento.

Luderitz
Rua de Luderitz créditos: Who trips

A cidade funciona como um entreposto comercial, prestadora de serviços para fazendeiros que vivem distantes.

Um dos lugares mais interessantes é junto à costa. Na zona ribeirinha de Luderitz, há vários edifícios públicos, passeios e zonas de lazer para os habitantes tirarem partido da vista.

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Zona costeira com porto de pesca e depois deserto créditos: Who trips

É o ponto de encontro de gente mais nova, para conversar, beber umas cervejas (seguindo a tradição alemã) e ver o mar.
Havia também um passadiço que entrava umas dezenas de metros pelo mar e permitia uma vista interessante da cidade.

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Pôr do sol junto ao cais créditos: Who trips

O porto não tinha muitos barcos de grande dimensão. A maioria pareciam ser de pesca.
Próximo do porto havia uma estação de caminho de ferro. Estavam a tentar revitalizar a via com obras de ligação a Aus que se arrastavam durante quase duas décadas.

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Edifício público de Luderitz créditos: Who trips

A oferta cultural era a cidade, as pessoas, o seu modo de vida, a arquitetura com traços germânicos e pouco mais. Parar e beber um café no Diaz Cofee Shop, passear pelas ruas, jantar à beira mar...

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Goerke Haus créditos: Who trips

No alto de uma das colinas, destacava-se a Goerke Haus, um edifício muito bonito que é considerado património nacional. Funciona como uma casa-museu. Foi construído em 1910 numa arriba de pedra, tinha um pequeno jardim e uma vista ampla sobre o resto da cidade.

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Interior da igreja créditos: Who trips

Partilhava o horizonte com uma igreja que ficava atrás, num ponto mais alto. No lado contrário, era uma igreja luterana que dominava a vista. Está no alto da Diamond Hill e foi construída em 1912.
Chegámos a Luderitz por uma estrada de terra batida e gravilha, a C27 e, depois de Aus, a via é alcatroada. É a B4, uma das principais estradas da Namíbia.

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Vista ao final da tarde na estrada de acesso a Luderitz créditos: Who trips

Horizontes abertos, algumas montanhas, a estepe, terreno arenoso, áreas enormes sem se ver gente ou animais. Ao final da tarde, com o pôr-do-sol, o cenário é muito bonito.
Depois desta paisagem natural deparamos com uma zona urbana toda arrumadinha, com casas coloridas, pintadas com tons vivos.

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Rua de Luderitz próxima do porto créditos: Who trips

A maior parte eram habitações, edifícios de um a dois pisos, com paredes de madeira ou protegidas com chapa devido ao vento.
Do alto da colina, na estrada principal, a Old Bay Road, tinha-se uma vista panorâmica da cidade e terminava com o porto e o oceano.

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Rua de Luderitz créditos: Who trips

Em algumas ruas (a maioria era de terra batida) viam-se oficinas, escolas, correios e comércio. Quase todos com uma expressão humilde, longe do recurso às técnicas de marketing dos centros europeus.
As ruas da cidade não tinham muita gente, circulavam de carro, em particular os agricultores que vinham à cidade, e não havia filas ou concentração de trânsito. Tudo muito calmo.

Depois da adrenalina da viagem de horas por estradas de pó e terra batida, soube bem fazer uma paragem numa terra que parece o paraíso entre o frio do oceano e a terra seca do deserto.

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Bote numa das baías créditos: Who trips

Devido a ventos e a correntes marítimas, do Golfo de Benguela, a água do oceano é muito fria. Os areais enormes, desérticos e sem acesso por terra não dão para banhos no mar. Apenas para contemplar. São espaços naturais, preservam ainda ecossistemas propícios para várias espécies de aves, como os flamingos. Por vezes, da costa, é possível ver baleias e golfinhos.

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Vista do alto de uma das colinas créditos: Who trips

A costa tem muitas baías, que operadores turísticos descobrem para os turistas, e os locais aproveitam o vento para a prática de desportos radicais. Em algumas destas baías formaram-se pequenas salinas que ofereciam um interessante mosaico de cores, consoante a iluminação solar. No caminho de Dias Point conseguem-se ver algumas.
Parte significativa dos visitantes fazem de Luderitz uma base para viagens nesta região. Kolmanskop, Dias Point e Elizabeth Bay são alguns dos locais interessantes a visitar.

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Um dos principais alojamentos junto a uma baía créditos: Who trips

A oferta de alojamento não era grande. Tivemos sorte porque chegámos de noite, sem reserva e conseguimos um quarto num pequeno hotel (Kratzplatz), no centro da cidade, junto a um restaurante. Funcionou perfeitamente, as empregadas eram muito simpáticas e prestáveis, em particular ao pequeno almoço.

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Rua de Luderitz - restaurante e hotel créditos: Who trips

Para quem pretendia uma base para dormir e passar o resto do dia a circular, não precisava de mais. Quem deseja um alojamento com mais serviços tem também essa possibilidade, em particular junto da baía.
Luderitz tem aeroporto e demora-se cerca de 7h de viagem até Windhoek.

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