Um reino onde os homens usam vestidos e as mulheres têm bochechas rosadas pelo sol e pelo vento. E onde as festas duram semanas e envolvem danças, máscaras assustadoras e muita música.
As casas do reino são decoradas a preceito: com tigres, dragões e símbolos fálicos para afastar os maus espíritos. E as bandeiras de oração ondulam um pouco por todo o lado espalhando boas energias pelo mundo.
Onde nascer um menino ou menina é igualmente bem-vindo.
Um reino onde, como não podia deixar de ser, o primeiro visitante europeu foi um conterrâneo português, Estêvão Cacella.
E, que se saiba, é o único país do mundo sem semáforos. Nos anos 70 foi colocado um na capital Timphu, mas o povo achou que era muito impessoal e pediu que os polícias sinaleiros voltassem.
Neste reino, o PIB é medido em felicidade e não em dinheiro e, também por isso, a saúde e educação são realmente universais e gratuitas e o reino é conhecido pelo cognome de reino da felicidade.
No reino do dragão, as mulheres gozam de uma igualdade face aos homens sem paralelo no resto da Ásia e até são elas que herdam os bens da família.
Este reino existe mesmo fora dos contos de fadas. Fica ali logo a seguir ao Evereste e um pouco de mim ainda vagueia por lá entre Dzongs e Goembas. Mas a parte de mim que voltou andará por aqui a contar como foi ter tido a imensa felicidade de ser recebida no Reino do Dragão.
Dicas para quem quer ir
- Com exceção dos cidadãos indianos, não é possível visitar o Butão sem ter um tour marcado com uma agência;
- Existem agências fora do Butão mas é muito melhor escolher uma agência local: mais confiáveis, melhor preço, melhor conhecimento do país e ajuda à economia local. O valor diário mínimo por pessoa é de 250 dólares. Para hotéis de categoria superior o valor será naturalmente ajustado;
- No valor diário está incluído o alojamento, alimentação, guia, carro, motorista e entradas. Apenas os voos, as gorjetas e recordações ficam de fora;
- É preciso visto para entrar no país mas a agência trata de tudo;
- Os voos para o Butão partem de Nova Deli; Calcutá, Bombaim; Singapura e Bangkok. Por vezes não é fácil arranjar voo pois apenas a companhia bandeira do país tem autorização para voar para o Butão mas a agência pode tratar da reserva pois tem acesso a voos que não estão disponíveis no site. Foi assim que conseguimos um lugar apesar de já não estarem disponíveis na página da companhia aérea;
- Se possível marquem viagem para uma altura em que estejam a decorrer festivais;
- Tentem marcar entre 5 a 7 dias. É caro mas quando voltarão a ter outra oportunidade de ir ao Butão?
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Artigo originalmente publicado no blogue Mundo Magno
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