Uma das maiores atrações turísticas em Bali são os campos de arroz de Tegallalang.
Situados a cerca de 15 a 20 minutos de Ubud, os campos estão religiosamente cuidados formando verdadeiras obras de arte. Os arrozais, em harmonia com as palmeiras e a vasta panóplia de flores de cores vivas, tornam a paisagem digna de um postal.
A viagem aos arrozais é mais do que uma simples forma de tirar uma boa fotografia. É cultura local e uma amostra da filosofia balinesa, a Tri Hita Karana.
Dependendo do dia em que faz a visita, poderá apreciar ainda a forma de trabalho dos agricultores locais, nas suas vestimentas típicas que incluem o famoso chapéu de palha triangular. Um trabalho incansável e um esforço diário que os balineses fazem sob sol e chuva por vezes com o auxílio de búfalos, que merece reconhecimento.
O arroz faz parte da alimentação base de Bali e, mais do que isso, é parte integrante da religião local, que cultiva o arroz também como forma de harmonia com os deuses e o solo. Aliás, existem várias esculturas pelos campos, como tributo a Dewi Sri, a deusa do arroz.
Em Tegallalang poderá apreciar o eficiente sistema de irrigação Subak, no qual o solo é recortado em terraços (daí o nome) formando uma espécie de escadaria, na qual a água flui continuamente até ao solo.
Desenvolvido há mais de 100 anos atrás, o objetivo é que a água se acumule em certos pontos, irrigando o arroz e criando verdadeiros ecossistemas artificiais sustentáveis. Pela sua eficiência e toda a filosofia por trás, que colmata as dificuldades de alimentar uma ilha com uma elevada densidade populacional, foi considerado património mundial da humanidade pela UNESCO.
Do topo da colina poderá apreciar o cenário maravilhoso de Tegallalang. Desfrute da paisagem numa das várias esplanadas em redor dos campos, onde poderá aproveitar para provar um dos cafés mais famosos (e caros) do mundo, o Kopi Luwak.
Mas para os ver mais de perto e explorar toda a arquitetura, pode descer por entre os campos, tendo cuidado pois alguns declives são inclinados e escorregadios e os caminhos são estreitos. O ideal é contratar um dos vários guias que por lá se encontram, que por uma pequena quantia o levam pelos labirintos verdejantes e ainda contam um pouco da história local.
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