Ilha já foi portuguesa

A mais oriental ilha das Caraíbas é habitada por povos indígenas desde o século XIII. No século XV, navegadores espanhóis invadem a ilha, que é reivindicada pela Coroa de Castela.

O Império Português reivindicou a ilha entre 1532 e 1536, abandonando-a em 1620.

Em 1625, chega à ilha o primeiro navio inglês. Barbados torna-se, depois, uma colónia britânica. Durante séculos trabalharam nas plantações da ilha escravos traficados de África. A população escrava só conseguiu a emancipação total no século XIX.

Turismo em Barbados

Apesar de esta localizada no Atlântico, Barbados é considerado um destino das Caraíbas.

A ilha conjuga a herança britânica, caribenha e africana, sendo um destino de praias paradisíacas e mar azul-turquesa. Veja aqui a lista de praias e atividades de Barbados.

Atrai praticantes de snorkel, por causa das águas transparentes e vida marinha, e atividades nas ondas - kitesurf, windsurf, body boarding e surf.

A parte leste da ilha oferece ondas, enquanto a parte oeste conta com as praias de mar calmo, ideais para nadar.

Está bem servida de hotéis e resorts para todos os bolsos. Destaque também para os campos de golfe.

Uma das vantagens de Barbados é que está fora do principal cinturão de furacões do Atlântico que costuma atingir muitas ilhas entre julho a novembro. Ainda assim, esta época costuma ter mais chuva, pelo que o período ideal para visitar será de janeiro a maio, onde vai encontrar quase sempre sol.

Usufruir das praias, fazer um passeio de barco, visitar uma destilaria de rum, ir às compras em centros comerciais livres de impostos (tax free), aproveitar a vida noturna nos bares de Bridgetown e experimentar a deliciosa gastronomia são propostas imperdíveis para quem visita esta ilha.

Aqui encontra todas informações sobre as diretrizes adotadas por Barbados sobre a entrada de turistas durante a pandemia. A ilha foi considerada um dos destinos mais seguros para viagens em 2021.

A mais nova república do mundo

Barbados tornou-se, oficialmente, uma república nesta segunda-feira à noite, numa cerimónia na qual a rainha Isabel II deixou de ser a chefe de Estado da ilha.

Independente do Reino Unido desde 1966, Barbados celebrou a transição da monarquia para o governo republicano após quase quatro séculos de sujeição à monarquia britânica.

A ilha conhecida pelas praias paradisíacas, pelo rum e por ser a terra da estrela pop Rihanna, terá como chefe de Estado outra mulher, Sandra Mason, até agora governadora-geral do país, após a eleição em 21 de outubro.

Mason fez o juramento ao cargo à meia-noite de segunda-feira na capital do país, Bridgetown, em uma cerimónia oficial na qual também foi substituído o estandarte real pela bandeira presidencial.

Barbados continua a ser membro da organização Commonwealth.

Influência britânica e racismo

Os problemas da influência britânica e o racismo foram dois elementos-chave na decisão de Barbados de mudar para uma república, já que o legado de séculos de escravidão continua muito presente na ilha.

Para alguns ativistas, o colonialismo britânico e a escravidão são responsáveis pela desigualdade existente hoje na ilha.

Dependência do turismo

Alguns moradores apontam problemas mais urgentes da ilha, entre eles a crise económica causada pela pandemia da COVID-19, que colocou em evidência o quanto o país depende do turismo, em especial do Reino Unido.

Antes do surgimento do vírus, mais de um milhão de pessoas visitavam anualmente a ilha de 287 mil habitantes.

O desemprego é de quase 16%, 9% a mais que nos anos anteriores, apesar do aumento dos empréstimos governamentais para financiar obras do setor público e criar empregos.

*Texto com AFP