Em Maio está calor, e em São Petersburgo temos a sensação de passear numa cosmopolita cidade europeia.

O imaginário gelado e pouco amigável da Rússia desvaneceu-se com facilidade assim que a pudemos explorar.

Foi aqui que pudemos contemplar em todo o seu esplendor uma das mais bonitas praças do mundo – a Praça do Palácio. Considerado a atração principal da praça, o famoso Museu Hermitage é o segundo maior museu do mundo. Um autêntico paraíso para os amantes das artes, este museu ocupa 6 edifícios diferentes ao longo da margem do rio e é uma das instituições culturais mais premiadas de todo o mundo. Como disse outrora o seu diretor Mikhail Piotrovsky: “Não posso dizer que o Hermitage seja o museu número um do mundo, mas certamente que não é o número dois”.

Foi muito fácil perdermo-nos em pensamentos longínquos sobre histórias e revoluções enquanto deambulávamos pela solarenga e megalómona cidade. E a cada noite, um sentimento de completa realização invadia os nossos pensamentos: estávamos num dos países mais interessantes do mundo, e a História fluía de cada parede, de cada palácio, de cada jardim e monumento.

A avenida de Nevsky Prospekt transportou-nos para os tempos aúreos da cidade, com construções arquitetónicas belíssimas a decorar cada metro percorrido. E é na Catedral do Sangue Derramado que nos deparamos com a mais bela, e com certeza mais famosa, igreja ortodoxa – um local de intensos estímulos para os sentidos, onde a cor e a opulência dos detalhes são suficientes para nos causar uma experiência de quase transcendência.

Nesse dia, adormecemos embalados por memórias dos jardins do Palácio de Peterhof – as suas fontes imponentes, as reluzentes estátuas de bronze, a vivacidade dos seus tons de amarelo e a fragrância suave das incontáveis flores nos jardins.

Como se toda esta beleza não fosse suficiente, também Moscovo invadia os nossos imaginários com lembranças maravilhosas. Mas essas, serão contadas numa próxima crónica.