Mingun fica do outro lado da margem do rio Irrawaddy, a relativamente pouca distância de Mandalay, portanto é possível fazer uma visita de um dia. Eu optei por ir de ferry e levar a minha bicicleta Ympek comigo. Ela pode ir no barco com um custo extra, portanto explorarei a cidade de Mingun nela.

Fui desde o Ostello Bello, onde estou hospedada, até à margem do rio de bicicleta para apanhar o ferry. A viagem demora cerca de 30 minutos e o caminho é bom de fazer. No entanto, só vi mais dois turistas a fazê-lo. O barco parte por volta das 9 da manhã e regressa pelas 12.30h. Não há mais barcos com este destino, portanto este é a única opção. Ainda assim fico com cerca de 2h30 para explorar a área, o que será o suficiente. Poderia lá ficar mais tempo, mas, tendo horas contadas, andei não ao meu ritmo, mas sim ao do relógio. O barco é bem lento na sua jornada até Mingun, demorando cerca de uma hora a chegar lá. No entanto, a viagem é bem agradável e a vista também.

Barco para Mingun
Barco para Mingun créditos: While You Stay Home

Mingun tem dois pontos altos a destacar. O Sayadaw Memorial, que consiste em uma pedra imponente com uma aparência muito antiga e arruinada, simplesmente encantadora. Trata-se de uma rocha gigante que tem 4 portas em cada face do retângulo que ela é. Entretanto, com o tempo, o memorial foi-se deteriorando, notando-se várias rachaduras na pedra que a tornam bem mais mística, assim como as plantas que crescem no topo. Este monumento bem como o Mya Theintan Pagoda, ou templo branco, são as maiores atrações de Mingun.

Sayadaw Memorial
Sayadaw Memorial créditos: While You Stay Home

Este segundo templo é um sítio bem fotogénico e encantador. Consegue-se subir até bem alto para poder desfrutar da vista da cidade e conseguir ver um pouco do rio que não está longe. Em seu redor os vendedores de rua tentam vender souvenirs aos turistas que não são poucos por estas bandas.

Outro ponto que não consegue passar despercebido a quem passa na rua são os “Lions of stone” que mais parecem elefantes. Consistem em duas esculturas gigantes de dois elefantes, penso, que já estão tão deterioradas que mal se consegue perceber o animal em si. Deveriam ser bem imponentes e bonitas na altura em que ainda estavam intactas, apesar de agora terem outro encanto com todas as plantas que crescem em seu redor e com a história que podemos imaginar por detrás de cada escultura.

Mingun
créditos: While You Stay Home

Para quem não leva bicicleta, existem no local “táxis vaca” ou mesmo tuk-tuks. De qualquer modo, estas atrações são bem perto umas das outras, só o tempo é que não é assim tanto.

Ainda da rua principal vemos um outro templo com vista para o rio pois fica adjacente à margem. É um sítio bonito para ficar a relaxar e apreciar toda a vida presente no rio, desde banhos, a brincadeiras e trabalhos - uma forma menos convencional de ficar a conhecer o modo de vida birmanês.

Por estas atrações serem tão distintas de tantos outros templos que vi no Myanmar, aconselho vivamente uma visita a este lugar, caso visitem Mandalay.