"A definição desse novo acesso (seja sob a forma de antecâmara ou de outro tipo) permitirá estabilizar a temperatura interior e evitar a entrada de partículas de pó para a sala principal, explicou o diretor da Biblioteca Geral da UC, José Augusto Bernardes, citado num comunicado enviado à agência Lusa.
O objetivo, refere, é preservar "uma das joias da UC mais reconhecida a nível mundial e melhorar as condições em que pode ser visitada".
A encomenda a Souto Moura do estudo de uma entrada alternativa para a Biblioteca Joanina segue-se a outros esforços de preservação do espaço, mandado erguer por D. João V entre 1717 e 1728, e do seu rico espólio.
Nos últimos anos, "foram tomadas várias medidas nesse sentido: a alteração do acesso (que passou a fazer-se pela porta lateral que conduz diretamente ao piso térreo e não pela porta principal), o controlo rigoroso do número de turistas que a visitam em simultâneo, o reforço da limpeza dos diferentes pisos e o controlo dos níveis de humidade, temperatura e partículas", refere o comunicado.
Mais recentemente, a UC investiu em trabalhos de restauro da porta do edifício da Biblioteca Joanina, na limpeza e restauro da fachada principal e procedeu à aquisição e instalação de um equipamento ainda raro no panorama nacional - uma câmara de anoxia (equipamento que repõe os níveis de humidade e faz a desinfestação de fungos e parasitas dos livros, sem recurso a químicos).
"A instalação deste dispositivo revelou-se de enorme importância para a preservação dos documentos. A sua instalação, ocorrida há cerca de 18 meses, permitiu o início de um programa de higienização dos cerca de 58 mil volumes que se encontram no edifício", sublinha José Augusto Bernardes.
A Biblioteca Joanina, considerada o ex-líbris da UC, é anualmente visitada por cerca de meio milhão de pessoas, além de, durante o ano, mais de 600 das suas obras terem sido requisitadas por investigadores nacionais e estrangeiros.
Fonte: Lusa
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