Foto: Eduart Bejko@Pixabay

"A mudança é imediata", disse à AFP Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, o português António Guterres.

Dujarric explicou que uma carta oficial de Ancara recebida na quarta-feira na sede da ONU formalizou de forma imediata a mudança de nome da Turquia.

Na terça-feira, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, publicou no Twitter uma carta enviada ao secretário-geral da ONU na qual exibia que o "nome do país na ONU, em idiomas estrangeiros, seria registado como 'Türkiye'".

Ancara evita assim que o nome do país em inglês seja "Turkey", uma palavra que nesta língua também significa "peru" e que, portanto, poderia adquirir uma conotação negativa.

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O chefe da diplomacia turca referiu-se no tweet ao desejo do presidente Erdogan, desde o fim 2021, de "aumentar o valor da marca" do país.

De fato, na área económica, Ancara tenta há alguns anos impor no cenário internacional a marca "made in Türkiye", em detrimento do "made in Turkey".

"Alguns podem considerar a mudança de nome um disparate, mas coloca Erdogan no papel de protetor e salvaguarda do respeito internacional pelo país", declarou Mustafa Aksakal, professor de História da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., ao jornal The New York Times.

O jornal recorda que em junho de 2023, quando Erdogan completará 20 anos no poder, a Turquia terá eleições presidenciais e também celebrará o centenário da sua fundação após o desmantelamento do Império Otomano.