Organizado pela Associação Fragas Aveloso, o festival vai para a sua sexta edição, prometendo animar a aldeia durante quatro dias, com exposições, oficinas, cantares, concertinas, concertos, cinema e momentos dedicados à ciência.
“Para além do arraial tradicional que todos os festivais têm, com grupos de cantares e concertinas, orientámos o festival também para a área da ciência”, explicou à agência Lusa Manuela Tavares, que criou a associação em 2013, em homenagem à filha que morreu, que era bióloga e ambientalista.
O festival inclui duas iniciativas do programa Ciência Viva, que visam “ver a qualidade da água de duas ribeiras, a de Rompecilha e a da Vagem”, na sexta-feira e no sábado, acrescentou.
No domingo, realiza-se a iniciativa “Montanhas de água”, que consiste numa visita às minas de água que abastecem a freguesia de Sul.
Manuela Tavares considerou que esta visita permitirá sensibilizar as pessoas para a importância dos recursos hídricos subterrâneos, “sobretudo em alturas de alterações climáticas”.
Segundo a responsável, a associação tem a preocupação de envolver a comunidade local nas suas atividades.
Na quinta-feira, será inaugurada “uma exposição de fotografias de casamentos da aldeia realizados há muitos anos”, tendo muitos habitantes contribuído com as imagens das suas famílias.
O objetivo é também retomar algumas tradições, como o jogo do pau, o que acontecerá na sexta-feira, mas, ao mesmo tempo, proporcionar experiências diferentes aos habitantes das aldeias.
“Vamos ter a participação do Núcleo de Viseu do grupo Dançando com a Diferença, que trabalha com pessoas portadoras de deficiências, tornando o nosso festival mais inclusivo”, frisou Manuela Tavares.
Na sexta-feira à noite, a igreja de Sul receberá um concerto lírico, à semelhança do que aconteceu no ano passado.
“Tivemos a igreja cheia e as pessoas aplaudiram ópera de pé. Havia pessoas, das aldeias, encantadas”, contou.
O festival termina no domingo à noite, com cinema ao ar livre, sendo exibido o filme “Ainda há pastores”, de Jorge Pelicano.
“Este festival tem muita diversidade. Claro que importa preservar o arraial de concertinas e o grupo de trajes e cantares, mas queremos marcar a diferença”, frisou Manuela Tavares.
A estratégia parece estar a surtir efeito e a atrair os habitantes das aldeias ao festival: “Começou com pessoas nossas amigas, que até vinham de Lisboa, e, aos poucos, fomos ganhando as pessoas daqui”.
Fotografia: Facebook - À descoberta do distrito de Viseu
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