Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considera que a limitação da circulação, “é mais uma machadada para o Algarve, região que espera que o mercado interno ajude a minimizar as perdas com os mercados internacionais”.

“As restrições de alguma forma, quer se queira quer não, acabam sempre por desmotivar pessoas que pensavam passar o fim de semana no Algarve”, indicou Elidérico Viegas.

O presidente da principal associação de hoteleiros e empresário algarvio, crê que, segundo as informações de que dispõe, “muitas pessoas mantenham a decisão de passar o fim de semana” na região.

“Temos recebido muitos pedidos de informação, sobre se, com a reserva, as pessoas podem sair da região de Lisboa, à semelhança do que aconteceu em situações anteriores. Neste momento, existe a incerteza se as pessoas vão conseguir sair dos seus locais de residência”, indicou.

O presidente da maior associação hoteleira algarvia, considera que os aumentos do número de infeções de COVID-19 e das restrições à circulação de pessoas, “não são boas notícias para o setor turístico e causam preocupação e consternação aos empresários hoteleiros”.

“Os empresários hoteleiros, já confrontados com a perda do maior fornecedor de turistas como é o Reino Unido, veem-se agora também confrontados com limitações ao nível interno”, lamentou.

Para Elidérico Viegas, o setor turístico “continua a viver tempos de incerteza, uma situação difícil que ninguém ligado ao setor quer ter”.

O Conselho de Ministros de quinta-feira determinou a proibição de circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) entre as 15:00 de sexta-feira e as 06:00 de segunda-feira, excetuando os “motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa”, devido à subida dos casos de infeções por covid-19.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 3.844.390 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.