Lisboa é a protagonista das duas exposições que o Museu de Lisboa inaugura este mês de abril: Os Loucos Anos 20 em Lisboa e Vitrum. Vidros na história de Lisboa. No Pavilhão Preto do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, recua-se  100 anos até aos vertiginosos anos 20 e no Museu de Lisboa - Teatro Romano faz-se uma viagem desde o século XX até ao Império Romano para conhecer pequenos fragmentos da história da cidade.

Os Loucos Anos 20 voltam a tomar conta de Lisboa

Os Loucos Anos 20
Mural de Mariana Duarte Santos, no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, a partir de uma fotografia de Mário Novais, de 1928, da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian. José Avelar|Museu de Lisboa

É já no próximo dia 21, às 18h, que o Museu de Lisboa inaugura a exposição Os Loucos Anos 20 em Lisboa, o Pavilhão Preto do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, no Campo Grande.

Os anos 20 foram um tempo de cosmopolitismo e de modernidade, marcado por diversas inovações tecnológicas e transformações de costumes e de mentalidades, a par da consolidação de mudanças socioculturais que até então se vinham a afirmar, lançando tendências e estilos de vida que ainda hoje marcam o quotidiano urbano.

Objetos da época, imagens e vídeos irão transportar os visitantes a alguns dos ambientes desses Loucos Anos 20, numa exposição que destaca protagonistas e episódios que marcaram a vivência na capital. Esta viagem percorre e capta diferentes aspetos dos Anos 20 em Lisboa, uma época de festa e de euforia no rescaldo da I Guerra Mundial e da pandemia da Gripe Pneumónica.

Vitrum. Vidros na história de Lisboa

Vitrum. Vidros na história de Lisboa
Conjunto de onze garrafas provenientes da engomadoria Ramiro Leão, Século XX. créditos: José Avelar|Museu de Lisboa

Neste Ano Internacional do Vidro, o Museu de Lisboa - Teatro Romano apresenta a exposição Vitrum. Vidros na história de Lisboa. A exposição, que será inaugurada no dia 20, estende-se a outros três núcleos do Museu de Lisboa: Palácio Pimenta, Casa dos Bicos e Santo António. Trata-se de mais de uma centena de objetos em vidro que fazem parte do seu acervo ou de outras coleções resultantes de escavações arqueológicas realizadas na cidade.

A exposição apresenta uma coleção excecional de garrafas redondas que sobreviveram ao terramoto de 1755, recolhidas em 1998 num quarteirão da Baixa Pombalina, além de outros fragmentos de época romana ou tempos posteriores. Objetos mais recentes, dos séculos XIX e XX, e peças em faiança ou azulejo, completam a exposição no Museu de Lisboa - Teatro Romano.

No Museu de Lisboa - Palácio Pimenta apresenta-se um conjunto de onze garrafas que continham produtos usados na lavandaria e na engomadoria mecânicas dos armazéns Ramiro Leão, fundados em 1888 e que encerraram definitivamente em 1990.

No Museu de Lisboa - Casa dos Bicos são apresentados cálices que faziam parte do dia a dia de uma residência nobre lisboeta em meados do século XVIII, provenientes de escavações arqueológicas aí realizadas em 1981 e 1982.

No Museu de Lisboa - Santo António, copos da primeira metade do século XVIII, produzidos na Real Fábrica de Vidros de Coina, mostram como a popularidade de Santo António em Portugal fez com que fosse representando não só em objetos de cariz religioso, mas também decorando peças de uso quotidiano.