Uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC) está a trabalhar na reconstituição 3D do Mosteiro de Santa Cruz, situado no coração da Baixa conimbricense, que, após a extinção das ordens religiosas, em 1834, sofreu várias alterações, com parte da estrutura a ser demolida.

Com a reconstituição 3D as pessoas poderão "perceber que o mosteiro tinha outra escala. Poderão ter uma noção concreta do que era, que nem as pessoas de Coimbra têm, quanto mais as de fora", disse à agência Lusa um dos coordenadores do projeto do Centro de Estudos Sociais da UC Rui Lobo.

No final do projeto, que se prevê estar concluído dentro de dois anos e meio, as pessoas poderão ir até ao Jardim da Manga e ver, através da recriação 3D, "que aquela zona era um claustro fechado" ou perceber que onde hoje se situa a câmara de Coimbra "estava a fachada do mosteiro" ou vislumbrar, no topo do refeitório, onde hoje é a Sala da Cidade, o conjunto escultórico “Última Ceia de Cristo”, de Hodart, explicou.

"Há um grande potencial turístico", salienta Rui Lobo.

Associado ao projeto de reconstituição 3D será criada uma proposta de reforma do circuito de visita ao Mosteiro de Santa Cruz, pretendendo a equipa dar a visibilidade "que o espaço merecia", podendo estar "mais bem preparado para receber as pessoas".

Nesse sentido, haverá também uma proposta "de transformação do espaço envolvente", podendo o Mosteiro de Santa Cruz ser "um impulso, um ponto de partida para a renovação da Baixa", afirmou Rui Lobo.

Na quarta-feira, a equipa vai discutir o seu projeto no âmbito do colóquio internacional "Caminhos Futuros do Património Desaparecido", sobre reconstituições 3D de património arquitetónico desaparecido, que decorre na capela do Departamento de Arquitetura da UC.

Nesse debate, onde vão participar vários investigadores associados a esta área, pretende-se fazer um ponto de situação da reconstituição 3D em Portugal e lá fora, explica Rui Lobo, um dos organizadores do colóquio, salientando que esta área pode aumentar o interesse turístico dos espaços e permite contar melhor as narrativas por trás do património.

Fonte: Lusa

Foto: Concierge.2C/ Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported

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