Na rua Dionysiou Areopagitou, aos pés do monumento e normalmente cheia de turistas nesta temporada, são poucos os que desafiam as altas temperaturas deste começo de agosto.

O termómetro ronda os 40ºC ao meio-dia desta segunda-feira, quando os últimos visitantes passam as grades que cercam a Acrópole, antes do encerramento deste sítio arqueológico. Apenas algumas notas musicais permanecem no ar, tocadas por um artista de rua, que se protege do sol sob a sombra de um prédio.

São esperadas máximas de 43ºC em Atenas, e de até 45ºC, em outras regiões da Grécia.

A Acrópole suspendeu as visitas nesta segunda, no período entre 12h e 17h (horário local). E, a partir de amanhã, os turistas encontrarão as portas fechadas todas as tardes - até sexta-feira (6) - da totalidade dos sítios arqueológicos ao ar livre na Grécia, anunciou o Ministério da Cultura.

Acompanhados do canto das cigarras, um grupo de turistas caminha à sombra das oliveiras perto da Acrópole, na tentativa de entrar neste sítio declarado Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

"Vamos esperar o final da tarde para voltar", disse o alemão Frank Meye. "Enquanto isso, vamos arrumar outra coisa para fazer", acrescentou.

Perto dali, o museu da Acrópole promete ar condicionado e viagem no tempo. Cerca de cem de pessoas esperam em frente à porta de entrada, debaixo de um sol escaldante.

Desde quinta-feira, a Grécia enfrenta um período de calor que deveria alcançar um máximo nesta segunda e terça-feira e que vai durar até quinta, segundo as previsões meteorológicas.

"Estamos a enfrentar a pior onda de calor desde 1987", alertou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, pedindo aos gregos para "limitarem o consumo elétrico" para evitar um apagão geral. Em julho de 1987, uma onda de calor causou mais de 1.000 mortes.