Desde a Pequena Sereia até a Rainha da Neve, os contos de Andersen (aos quais o escritor chamava de "filhos") inspiraram filmes da Disney, ballets, canções e livros.
Era uma vez... Hans Christian Andersen Museum, na casa natal do escritor em Odense (centro da Dinamarca), era o "típico museu biográfico" cheio de "objetos e textos", afirma a coordenadora de 'marketing' dos museus da cidade, Lone Weidemann. Mas os visitantes "procuravam as histórias de contos de fadas, porque é isso que conhecem".
Após uma transformação mágica de sete anos que deixaria a fada madrinha orgulhosa, as autoridades da cidade converteram a galeria em um complexo que se espalha pelas ruas da parte antiga de Odense.
Após entrar no 'novo' museu, os visitantes podem ver a cabana onde Andersen passou a infância no início do século XIX. Depois, podem mergulhar num imenso espaço subterrâneo onde animações, interações, exibições e música falam dos contos do autor.
Os visitantes podem viver uma experiência imersiva nos contos de Andersen, como vestir as roupas do imperador ou procurar a ervilha que atrapalhou o sonho da princesa.
"Leva-te para outro mundo", comenta Ara Halici, uma turista holandesa que viajou à Dinamarca para conhecer o museu.
A vida de Andersen é explicada entre as salas, começando pelas suas origens humildes como filho de uma lavadeira analfabeta e de um sapateiro pobre.
Com dois terços da exposição debaixo da terra, o arquiteto japonês Kengo Kuma (que fez o novo Estádio Olímpico de Tóquio para os Jogos Olímpicos) inspirou-se no conto "O Isqueiro" de Andersen, no qual uma árvore oca abre uma porta para um mundo subterrâneo.
"A ideia por trás do projeto arquitetónico é semelhante ao método de trabalho de Andersen, no qual um mundo pequeno se transforma em um universo imenso", afirma Kuma.
A transformação do museu começou no início dos anos 2010, depois que as autoridades de Odense aprovaram um plano para retirar os veículos do centro desta cidade de 205.000 habitantes.
Desde a reabertura, 40.000 pessoas passaram pelo museu. Mas precisou fechar novamente devido à introdução de novas medidas para conter a propagação da COVID-19, o que reduziu o número de visitantes estrangeiros.
O museu antigo de Hans Christian Andersen recebia cerca de 100.000 visitantes por ano, a maioria estrangeiros (entre eles 20.000 da China, onde Andersen é muito popular).
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