O centro foi inaugurado na semana passada, dia 25 de novembro, como parte das comemorações pelos cinco anos da morte de Fidel, com uma cerimónia na qual marcaram presença o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, e o general Raúl Castro.

O centro está instalado numa mansão no bairro de Vedado que foi construída em 1894 e que passou por um restauro total que lhe devolveu todo o seu esplendor e valor patrimonial, um palacete de luxo dotado com a mais moderna tecnologia digital.

Criticado por seus adversários, que o acusavam de culto à personalidade, Fidel pediu antes de morrer que não houvesse monumentos em sua homenagem em Cuba.

O desejo de Fidel tornou-se lei e não existem estátuas, nem ruas ou praças com o seu nome, apenas este centro de dois andares, com entrada livre para cubanos e estrangeiros.

Centro Fidel Castro nasce num palacete de Havana com entrada gratuita e viagens virtuais pela vida e obra do líder cubano
créditos: AFP or licensors

Navegar com Fidel

Alberto Albariño, chefe de Preservação do Património Documental do Palácio da Revolução, afirma que o centro não representou grande custo para os cofres do Estado, pois boa parte do investimento foi coberto com "doações de outros países". O funcionário, no entanto, não quis revelar o montante total gasto na obra.

O local dispõe de nove salas de exposição com enormes telas e mesas interativas, que permitem ao visitante realizar um percurso virtual pela vida e obra de Fidel.

Segundo o diretor do centro, o historiador René González, "dentro de pouco tempo" os visitantes poderão utilizar a realidade virtual para navegar com Fidel no Granma, o iate que o levou do México a Cuba em 1956.

O local também conta com uma galeria de arte, uma sala de jogos interativos, duas bibliotecas e uma pequena gráfica.

Nos grandes salões, onde nas paredes existem frases famosas do líder revolucionário, também estão expostos alguns dos seus objetos pessoais, entre eles, os uniformes militares, um rifle AKM que o acompanhou durante toda a vida e o telefone utilizado para dar ordens ao comando militar cubano durante a guerra de Angola (1975-1991).

Para além disto, os visitantes podem ver algumas das mais de 400 condecorações que recebeu em vida, entre elas a de herói da URSS, e presentes de dignitários, como um busto do líder cubano entregue pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante a sua visita a Cuba em 2014.

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