A Câmara de Lisboa aprovou hoje o projeto de arquitetura de ampliação do prédio do Palacete Ribeiro da Cunha, na Praça do Príncipe Real, onde funciona o espaço comercial Embaixada, prevendo 50 unidades de alojamento turístico.
Em reunião privada do executivo municipal, a proposta sobre o projeto de arquitetura da obra de ampliação a realizar no prédio sito na Praça do Príncipe Real n.º 26, na freguesia de Santo António, apresentada pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação Novos Tempos - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), foi viabilizada com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP, a abstenção do PS e os votos contra de PCP, Livre, BE e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).
O projeto de arquitetura incide sobre um prédio urbano “com uma área total de 4.621,79 m2 [metros quadrados], onde se localiza o Palacete Ribeiro da Cunha, atualmente afeto ao uso terciário (comércio e serviços), e respetivo logradouro (que se encontra descaracterizado e alberga estacionamento informal), antigas cavalariças e construções anexas, que integra a Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico”, refere a proposta, indicando que o edifício está classificado pela Direção-Geral do Património Cultural como Monumento de Interesse Público.
“A operação urbanística envolve obras de alteração do Palacete Ribeiro da Cunha (corpo A); obras de alteração das antigas cavalariças (corpo C), com a reconstrução de uma estufa que em tempos terá existido no terraço deste bloco; e a construção de dois novos blocos (corpos B e D): o corpo D na continuidade da Rua da Alegria e o corpo B no interior do logradouro, cuja implantação tira partido do desnível do terreno”, lê-se no documento, explicando que os quatro corpos se encontram interligados entre si ao nível do subsolo, configurando um edifício com duas frentes de rua, nomeadamente na Praça do Príncipe Real e na Rua da Alegria.
Segundo a proposta, o edifício tem uma área de implantação de 1.852,62m² e uma área bruta de construção de 6.518,27m2 (5.734,09 m2 para efeitos de enquadramento no Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente, não se contabilizando as áreas abaixo da cota de soleira afetas a estacionamento e áreas técnicas), “desenvolve-se em três pisos acima da cota de soleira (piso 0 do corpo A) e 11 pisos abaixo da cota de soleira e apresenta uma altura máxima de edificação e de fachada de 21,20 metros e 13,70 metros”.
“O edifício, com uma superfície de pavimento de 5.587,03 m2, destina-se ao uso de turismo, com 50 unidades de alojamento (distribuídas por 17 quartos individuais, 31 quartos duplos e duas suítes)”, indica o documento.
Relativamente ao jardim/logradouro, que é caracterizado pelo seu declive, a modelação proposta para os futuros edifícios pretende “colmatar a diferença de cotas, integrando os novos corpos na topografia do terreno”, sendo proposta uma área permeável de 1.357,08 m2, face à área permeável existente de 626,90 m2, contribuindo para a consolidação e ampliação da massa arbórea e arbustiva existente.
Com os votos contra de PS, BE e Livre e os votos a favor de PSD/CDS-PP, PCP e Cidadãos Por Lisboa, o executivo aprovou um projeto de arquitetura na Rua Sarmento Beires e na Rua Bernardo Santareno, na freguesia do Areeiro, para a construção de uma residência universitária privada, que prevê 268 unidades de alojamento, “com uma área de implantação de 667,00 m2 e uma área de construção de 7.596,29 m2”, que se desenvolve em 14 pisos acima da cota de soleira e dois pisos em cave.
A câmara rejeitou, com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta) e os votos contra de toda a oposição, o projeto para a construção de um hotel de quatro estrelas na Rua Nova do Desterro, em Arroios, que pretendia disponibilizar “97 unidades de alojamento (89 quartos duplos e oito suítes)”.
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