A famosa ilha grega de Santorini foi abalada de novo esta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, por movimentos sísmicos, levando os habitantes a ficarem fora de casa por receio ou a irem para outros lugares, apesar dos apelos do primeiro-ministro para manter a calma.

Desde domingo, mais de 200 tremores foram registados na ilha turística do arquipélago das Cíclades, no Mar Egeu.

O mais forte dos tremores atingiu a magnitude 4,9 esta segunda-feira e o seu epicentro foi localizado entre Santorini e a ilha de Anafi, de acordo com o Instituto Geodinâmico do Observatório Nacional de Atenas.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu "aos habitantes da ilha que mantenham a calma".

Minutos após o sismo, os moradores da ilha receberam uma mensagem de alerta do Ministério da Proteção Civil grego, alertando sobre o "risco de deslizamentos de terra" em alguns povoados.

Todas as escolas permaneceram fechadas esta segunda-feira.

Santorini
Santorini Habitantes e turistas a embarcar num ferry no porto de Santorini esta segunda-feira, dia 3 de fevereiro créditos: AFP or licensors

Muitos moradores e turistas decidiram deixar a ilha por receio. Alguns passaram a noite ao relento, em veículos ou em recintos seguros fornecidos pelas autoridades municipais.

"Tudo tremia, tremia, tremia a cada três ou quatro horas ontem. Nunca tinha passado por isto antes" em Santorini, disse à AFP Kostas Sakavaras, um guia turístico que vive na ilha há 17 anos.

No domingo, Sakavaras decidiu deixar Santorini com a sua família "por razões de segurança".

Segundo especialistas, a atividade sísmica também afetou outras ilhas próximas, como Anafi, Ios e Amorgos.

As autoridades ressaltam que a atividade sísmica observada nos últimos dias não é resultado de atividade vulcânica, mas sim de movimentos tectônicos.

Santorini é uma das ilhas mais visitadas da Grécia. Tem uma população de apenas 15.500 habitantes, mas recebeu 3,4 milhões de turistas em 2023.